sábado, 29 de maio de 2010

Inscrições para o 2º Festival da Canção de Suzano estão abertas até 17 de julho

Estão abertas as inscrições para o 2º Festival da Canção de Suzano. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e tem o objetivo de fomentar a produção cultural na área da música. Neste ano, o festival tem abrangência nacional e o maior prêmio é de R$ 6 mil. O vencedor da categoria Geral também gravará um CD autoral com 12 músicas. As inscrições vão até 17 de julho.

O evento é um festival de composições inéditas, voltado a todos os gêneros e estilos da música popular brasileira. Além de fomentar a produção musical, a atividade também promove o intercâmbio e a troca de experiências entre os músicos, compositores, intérpretes, poetas e artistas.

As canções inscritas competem em duas categorias: Geral e Música Gospel/Louvor. A primeira é aberta à participação de músicos de todo o país. Dentro desta categoria, serão duas premiações, a Geral e a Prata da Casa, que valorizará os compositores da cidade, que morem em Suzano há, no mínimo, um ano.

A categoria Música Gospel/Louvor é aberta apenas a moradores de Suzano. Podem participar grupos evangélicos ou católicos de Suzano que comprovem, no ato da inscrição, que vivem na cidade há, no mínimo, um ano.

Cada compositor poderá inscrever, individualmente ou em parceria, até duas músicas na categoria escolhida. Serão avaliados letra, melodia e conjunto.

Inscrições

As inscrições deverão ser entregues na Secretaria Municipal de Cultura de Suzano (rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano – SP – CEP 08674-010), até às 16h do dia 17 de julho de 2010. O CD também pode ser enviado, com a ficha de inscrição, pelo correio. A data limite é 17 de julho de 2010.

Datas

Entre 18 de julho e 16 de agosto, será feita a triagem dos trabalhos inscritos. De 13 a 16 de setembro, ocorrem as eliminatórias para a categoria Geral. Os finalistas da categoria Gospel/Louvor serão definidos pela comissão julgadora na triagem, já que esta categoria está restrita a trabalhos de Suzano.

A final da categoria Gospel/Louvor será no dia 25 de setembro de 2010, a partir das 18h. No dia 26, será a final da categoria Geral, no mesmo horário. As apresentações dos finalistas serão realizadas no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré. (rua General Francisco Glicério, 1.354 – Centro).

Premiação

Categoria Geral:

Premiação Geral

1º lugar: R$ 6.000, troféu e gravação de CD autoral

2º lugar: R$ 3.000 e troféu

3º lugar: R$ 1.500 e troféu

4º lugar: R$ 200 e troféu

5o lugar: R$ 200 e troféu

6º lugar: R$ 200 e troféu

Melhor intérprete: R$ 200 e troféu

Premiação Prata da Casa

1º lugar: R$ 2.500, troféu e gravação do CD autoral

2º lugar: R$ 1.500 e troféu

3º lugar: R$ 1.000 e troféu

4º lugar: R$ 300 e troféu

Categoria Gospel/Louvor:

Premiação Gospel (Evangélica)

1º lugar: R$ 2.500, troféu e gravação de CD autoral

2º lugar: R$ 1.500 e troféu

3º lugar: R$ 1.000 e troféu

Melhor intérprete: R$ 200 e troféu

Premiação Louvor (Católica)

1º lugar: R$ 2.500, troféu e gravação de CD autoral

2º lugar: R$ 1.500e troféu

3º lugar: R$ 1.000 e troféu

Melhor intérprete: R$ 200 e troféu

O modelo de ficha de inscrição e o regulamento estão disponíveis no site da Prefeitura de Suzano: www.suzano.sp.gov.br
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Fonte: Imprensa.esporte (erica.imprensa@suzano.sp.gov.br)
Reprodução: Magno Oliveira

Cia. do Eclipse comemora 5 anos de existência com a Semana Eclipse

O grupo de teatro Cia. do Eclipse comemora seus cinco anos de existência com a Semana Eclipse, de 1 a 5 de junho. Para festejar o aniversário do grupo, que nasceu a partir de oficinas de teatro da Secretaria de Cultura, serão apresentadas, no Galpão das Artes, peças de grupos convidados.

Na terça-feira (1º/6), a Cia. Rota das Artes apresenta o espetáculo “Um par de pé”, às 20h. Na quarta-feira (2/6), no mesmo horário, será a vez da peça “Epístula”, montagem da Cia. Teatral Garra e Cia. Fênix.

Na quinta-feira (3/6), o Teatro da Neura apresenta a peça “Antígona”, adaptação do texto grego de Sófocles. O espetáculo também começa às 20h.

Na sexta (4/6), o público pode conferir a apresentação do espetáculo “Augusto, o Humano”, peça da Troupe Parabolandos. O ingresso para as peças custa R$ 10. Estudantes pagam meia-entrada.

No sábado, às 15h, a atividade continua no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré com um workshop gratuito para atores, estudantes de teatro e interessados. Às 17h, serão apresentados cinco espetáculos: “A Fuga”, “O Fim do Dia”, “Os óculos de Kruegel”, “Súbito” e “Carrossel”. Para esta atividade, o ingresso custa R$ 5.

Os interessados podem reservar ingressos pelo e-mail contato@ciaeclipse.com ou pelo telefone (11) 9842-5030.

Fonte: Suzano Agora (suzanoagora@suzano.sp.gov.br)
Reprodução: Magno Oliveira (bemblogs@hotmail.com)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Núcleo de Formação Musical tem 105 vagas para cursos‏

O Núcleo de Formação Musical, da Secretaria Municipal de Cultura, tem 105 vagas para oficinas de percussão, flauta doce, trombone, trompete e coral para adultos e jovens. As aulas serão realizadas na sede da Associação Caminho do Sol, parceira do projeto. A associação fica na rua Cidade Diadema, 500, no Parque Maria Helena. Todos os cursos são gratuitos.



Confira os cursos disponíveis, os dias em que eles acontecem e o número disponível de vagas:



Curso/Dia/Horário Número de vagas Idade



Percussão/2ª feira, das 8h às 9h 5 Acima de 12 anos

Percussão/2ª feira, das 9h às 10h 5 Acima de 12 anos

Percussão/4ª feira, das 8h às 9h 5 Acima de 12 anos

Percussão/4ª feira, das 9h às 10h 5 Acima de 12 anos

Flauta doce/3ª feira, das 17h às 18h 20 Acima de 12 anos

Trombone/2ª feira, das 15h às 17h 15 Acima de 12 anos

Trompete/3ª feira, das 19h às 21h 10 Acima de 12 anos

Coral adulto/2ª feira, das 18h às 20h 20 Acima de 20 anos

Coral jovem/4ª feira, das 18h às 20h 20 Acima de 20 anos



O curso tem início imediato. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4742-3080, com Scheila.

Fonte: Imprensa de Suzano
Readaptação: Bruno martins

Sede da Apac terá oficinas para atores e iniciantes‏

A sede da Associação Paulista de Artes Cênicas (Apac) foi inaugurada na última sexta-feira (21/5) e já conta com projetos para o espaço. A sede da Apac (rua Isabel Castanheda Mayer, 109 – Casa Branca) é um Ponto de Cultura, firmado por meio de uma parceria entre a entidade e os governos estadual e federal. O espaço também conta com parceria da Secretaria Municipal de Cultura. O primeiro evento do espaço será uma oficina de interpretação de texto teatral com Guilherme Santana, do Grupo Tapa. A oficina é direcionada a atores e estudantes de teatro e ocorrerá nos dias 3 e 4 de junho.
São 15 vagas para a primeira oficina da sede da Apac. O valor do curso é R$ 15, um valor que cobre as despesas com o almoço, servido nos dois dias de curso. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 7413-7801.
Para um fim de semana de agosto, também já está agendado um retiro clown, em que atores terão contato com a linguagem clown, diferente do teatro convencional.
O espaço também deve abrigar oficinas para atores iniciantes. Segundo a presidente da Apac, Tuane Vieira, a sede é um espaço que será uma referência cultural para a comunidade. “Aqui se apresentarão grupos, haverá oficinas e a formação de artistas”, explicou.
No espaço, também serão montados novos espetáculos da Trupe Volante, para serem apresentados pela cidade.

Inauguração

Durante a inauguração, a Trupe Volante apresentou uma peça para os convidados. Estavam presentes no evento o secretário de Cultura, Walmir Pinto, e os diretores Ivo Reseck (Cultural) e Marcos Cirillo (Eventos).
Fonte: Imprensa de Suzano
Readaptação: Bruno Martins

Família de Monteiro Lobato fará doação de acervo a Suzano‏

Embora poucos saibam, o único local onde o escritor e jornalista Monteiro Lobato teve propriedades foi na cidade de Suzano. O criador de personagens que marcaram e marcam a história de diferentes gerações se auto-intitulava viajante do mundo e, por isso, nunca se prendeu a imóveis. “Como ele era ligado à cultura, sempre dizia que tinha de se apegar às letras e não a terras”, recorda Álvaro Gomes, representante legal da família Lobato, que, nesta quinta-feira (20/5), esteve em Suzano para discutir a doação do acervo do escritor ao município.
E é justamente com o objetivo de resgatar esse vínculo com a cidade, além de manter viva a história deste importante ícone da literatura brasileira, que Gomes busca a aproximação com o poder público local. Ele explica que a, partir deste primeiro encontro, avaliará com a neta do escritor, Joyce Campos Kornbluh, de 82 anos, o que poderá ser doado ao município.
Gomes adianta, entretanto, que todos os títulos lançados pelo autor deverão ser disponibilizados a Suzano, assim como os materiais audiovisuais, entre documentários e as séries de televisão, novas e antigas. “Queremos também achar uma forma de contar um pouco da história dele, o que deverá ser feito por meio de fotografias e imagens, mas ainda iremos definir isso”.
A visita do representante legal da família foi acompanhada pelos secretários Walmir Pinto (Cultura) e Mauro Vaz (Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Negócios e Turismo). Gomes teve a oportunidade de conhecer o Centro Cultural do Colorado, que leva o nome de Monteiro Lobato e onde deverão ser abrigadas as imagens do escritor, e também o Departamento de Patrimônio Histórico do município.
E o nome do escritor foi dado ao Centro Cultural justamente pela relação daquela região com a história de Monteiro Lobato. A Vila Urupês, por exemplo, foi nomeada desta forma em referência ao livro de mesmo nome, lançado em 1918 e considerado uma obra-prima do autor. A rua Jeca Tatu, que fica na lateral do equipamento de cultura, é outro exemplo de nomeação que remete ao universo criado pelo escritor em suas obras. “A dona Joyce se sentiu muito honrada com a homenagem e pretende vir a Suzano para conhecer o Centro Cultural”, destaca Gomes.
Na avaliação do secretário Walmir Pinto, além da oportunidade de enriquecer as bibliotecas locais, com a doação do acervo, essa relação mais próxima com a família ajudará o município a recuperar parte importante de sua história. “Nosso trabalho na Diretoria de Patrimônio Histórico é justamente contar a história de Suzano a partir de vários ângulos, muitos que até mesmo ficaram esquecidos. Agora vamos aproveitar para tentar adquirir documentos que retratam a relação de Monteiro Lobato com a cidade”.
“Suzano é privilegiada por ter sua história ligada a esse grande escritor e a ideia da Prefeitura é justamente contribuir com o resgate dessa relação, que é uma importante referência para o município”, reforça o secretário Mauro Vaz.
A visita também foi acompanhada pelos diretores Romildo de Oliveira Campelo (Indústria e Comércio) e Luiz Pavésio (Integração Regional).
Fonte: Imprensa de Suzano
Readaptação: Bruno Martins

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Toda a alegria do grupo Travessia



O grupo travessia encontrou mogianos e turistas presentes no teatro Vasques na sexta feira do dia 16 de Abril com a peça Lampião e Maria Bonita no Reino Divino.
O público se divertiu com as curtas piadas dos personagens muito bem representadas pelo bom grupo de atores. Esta peça desde 2000 faz parte do Circuito Cultural Paulista durante este tempo conquistou muitos prêmios.
Ao final da apresentação o público presente aplaudiu de pé a bela apresentação do grupo, Magno Oliveira foi até a cidade de Mogi da Cruzes e ao final da apresentação entrevistou os responsáveis pela peça.


O primeiro entrevistado foi o simpático João Paulo Rodrigues que faz a percussão da peça. Ele contou que com o grupo Travessia é a 2º peça que ele participa.
Magno perguntou o que ele mais gosta na peça e também si ele acha que a revolução cultural é um meio para mudar o rumo da nação. Confira agora as respostas de João Paulo:
O mais legal principalmente neste espetáculo em si é que o público se interage e através da resposta deles é que a gente tenta aperfeiçoar mais o nosso trabalho. Através da cultura é que você leva educação e nós através da cultura levamos respeito, educação, amor ao próximo e responsabilidade eu acho que é isso que está faltando para o Brasil alavancar e arrasar.
Outro entrevistado da noite foi o diretor da peça ele fala como grupo se formou entre outras coisas:
O grupo foi formado em mil novecentos e noventa e nove, tudo começou com um trabalho de responsabilidade social, um trabalho para arrecadar brinquedos para crianças carentes e aos poucos foi crescendo hoje o grupo tem mais de quinze Prêmios de Festival de Teatro nós começamos com este espetáculo em dois mil e quatro. Foi muito gostosa a apresentação, o público foi muito caloroso.
Magno Oliveira perguntou como que o grupo sobrevive? E isso você descobre agora pela resposta do diretor:
O grupo é formado por pessoas de diversas áreas então são pessoas que não sobrevivem do teatro, temos uma equipe hoje formada por engenheiro, administrador, advogado e professor.
Kelvis Germano que é o diretor desta peça é formado em história, o texto da peça é de Ana Maria Dias ela já escreveu roteiros de televisão para a Rede Globo e para o SBT.


Magno Oliveira Também perguntou para Kelvis Germano se a revolução Cultural é um meio para a mudança de pensamento da nação ele também nos conta se existe preconceito contra ator de teatro:
Eu acredito que a revolução cultural é o começo para as mudanças de pensamentos porque através da arte a gente fala o que queremos dizer, os nossos problemas, falamos sobre nossas culturas porque muitos ainda não conhecem a Cultura Nordestina e nós viemos aqui para isso. Então eu acredito nisso que a cultura vem trazer para o povo informação.
Existe preconceito, mas muito disso é culpa porque vivemos dentro de uma sociedade onde as pessoas não têm informação, então cria-se esse preconceito quando você começa teatro as pessoas já querem você na Rede Globo, e as pessoas não entendem que quando a gente faz teatro é porque gostamos e queremos dizer alguma coisa. Então as pessoas ainda têm muito preconceito, a sociedade não dá espaço, quando tem este tipo de projeto, já começa a mudar a mentalidade das pessoas, elas acham que teatro não é para elas, as classes C e D acham que o teatro é para um determinado grupo de elite eles acham que irão vim e não entenderão nada, e isso é o que os políticos querem que elas pensem, até porque o teatro faz pensar.
Domingo passado a mesma peça esteve em Cachoeira Paulista amanhã haverá apresentação e sábado também. No dia 3 de Junho haverá apresentação de outro espetáculo do grupo, esta peça já recebeu várias premiações, é um espetáculo infantil que será encenado no Sesc Ipiranga em São Paulo.

Maiores informações do grupo você encontra no blog do grupo que é este: http://grupotravessia.wordpress.com/
O grupo também tem um site:http://www.grupotravessia.com.br/

Entrevistas: Magno Oliveira
Readaptação: Bruno Martins

Fotos: Site do Grupo Travessia

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Apac inaugura sede na Casa Branca nesta sexta-feira

A Associação Paulista de Artes Cênicas (Apac) inaugura nesta sexta-feira (21/5) sua sede. O espaço funcionará na rua Isabel Castanheda Mayer, 109, na Casa Branca. A abertura oficial será às 18h.

O espaço será um Ponto de Cultura, firmado por meio de uma parceria entre a entidade e os governos estadual e federal. No espaço, serão realizadas oficinas de teatro e dança. Grupos da cidade, especialmente da região da Casa Branca, também poderão utilizar o espaço para ensaios.

No mês de junho, o espaço deve receber o projeto Vivências, cujo objetivo é promover workshops curtos, que durem um final de semana, com a presença de atores e diretores de teatro.

A Secretaria de Cultura também promoverá, no espaço, em parceria com a entidade, oficinas de teatro e de dança para iniciantes.

Serviço:

Espaço da Apac

Endereço: rua Isabel Castanheda Mayer, 109 – Casa Branca

Inauguração: sexta-feira (21/5), às 18h

Fonte: Secretaria de Imprensa de Suzano

Reprodução: Magno Oliveira

Prefeitura apoia projeto do Teatro a Bordo

Suzano recebe nesta quinta e nesta sexta-feira (20 e 21/5) o Circuito EDP Teatro a Bordo. O projeto de cultura popular terá apresentações de teatro, oficina de brinquedos com garrafa PET e roda de cantoria. O evento tem o apoio da Prefeitura de Suzano.

Nesta quinta-feira, o contêiner adaptado como palco chega à praça João Pessoa, às 14h. A cada hora, uma apresentação diferente será realizada para o público. A primeira atração será a oficina de brinquedos com garrafa PET. Em seguida, das 15h às 16h, será apresentada a peça infantil “A água que fugiu do lago”.

A história do lago que se viu ameaçado pela sujeira deixada pelos homens é contada de forma interativa. Os espectadores podem fazer parte da apresentação, de maneira improvisada.

Das 17h às 18h, o palco terá a Contação de Histórias. Os atores utilizam, durante a apresentação, bonecos e música. Na sequência, o público poderá assistir a uma roda de cantoria, seguida por mais uma peça de teatro, que fecha a programação do dia, às 20h.

Sexta-feira

Na sexta-feira, o contêiner continua sendo palco de mais atrações. Às 14h, novamente uma oficina de brinquedos ocorre no local. Em seguida, às 15h, será apresentada a peça infantil “A centopeia Judite”. Das 17h às 18h, o palco será ocupado por convidados locais. Se apresentam os músicos Edu Alves e Babi Csak. Em seguida, o público assistirá a curtas-metragens.

A programação fecha também às 20h com a peça de teatro “Mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube”.

Projeto

O projeto existe há três anos e atualmente é realizado por três companhias de teatro, com o patrocínio da EDP e da EDP Bandeirante.

O objetivo, segundo a idealizadora e produtora Talita Berthi, é democratizar o acesso das pessoas a eventos culturais como teatro e cinema. “Há pessoas que nunca tiveram acesso a manifestações culturais, como cinema, música e oficinas. O objetivo é que alcancemos estas pessoas”, disse.

Programação

20/5

14h às 15h: Oficina de brinquedos com garrafas PET

15h às 16h: Teatro infantil “A água que fugiu do lago”

17h às 18h: Contação de Histórias

19h às 20h: Roda de cantoria

20h às 21h: Teatro

21/5

14h às 15h: Oficina de brinquedos com garrafas PET

15h às 16h: Teatro infantil “A centopeia Judite”

17h às 18h: Apresentação de convidado local

19h às 20h: Exibição de cinema – Curtas-metragens

20h às 21h: Teatro – “Mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube”




Fonte: Imprensa de Suzano
Reprodução: Magno Oliveira

Oficina de direção teatral tem inscrições abertas até junho



Luiz Valcazaras

Suzano receberá a oficina de direção teatral com Luiz Valcazaras no mês de junho, dentro do projeto Pílulas Criativas. São 20 vagas para quem deseja trabalhar com direção de teatro. A idade mínima para inscrição é 16 anos. É interessante que o aluno tenha alguma experiência no setor, mas este não é um pré-requisito. As inscrições estão abertas até 2 de junho, no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi. Os interessados devem comparecer ao local das 9h às 17h com documentos pessoais. O curso é gratuito.

As aulas acontecerão durante sete quintas-feiras de junho e julho (10, 17 e 24 de junho e 1, 8, 15 e 22 de julho), das 19h às 22h, no Galpão das Artes.

O professor da oficina, Luiz Valcazaras, é diretor de teatro e criador do Núcleo de Investigação Teatral (N.I.Te.). Ele dirigiu espetáculos como “Abre as Asas sobre Nós”, ganhador do Prêmio Shell de melhor autor para Sérgio Roveri; e “Dança Lenta no Local do Crime”, também indicado ao Prêmio Shell, desta vez de melhor ator para Rogério Brito.



Oficinas

Durante o Pílulas Criativas, os profissionais do teatro estão tendo oportunidade de participar de outras oficinas, como dramaturgia, com Sérgio Roveri, e interpretação, com Wolney de Assis. Ivon Mendes também ministrou uma oficina de maquiagem para teatro, dança e circo.

O projeto contempla ainda profissionais de outros setores. Até esta sexta-feira (21/5) ocorre a Semana de Formação de Artes Plásticas e Artesanato e, na próxima semana (de 24 a 29/5), será realizada Semana de Formação para Alunos e Estudantes de Música.

Serviço:
Oficina de Direção Teatral com Luiz Valcazaras

Quando: 10, 17 e 24 de junho e 1, 8, 15 e 22 de julho

Horário: 19h às 22h

Onde: Galpão das Artes (rua 9 de Julho, 267 – Centro)

Informações: 4747-4180 / 4759-2304 / 4748-7348

CRÉDITO FOTO: DIVULGAÇÃO
Reprodução: Magno Oliveira

terça-feira, 18 de maio de 2010

Berta Zemel faz palestra sobre teatro em Suzano‏



A atriz Berta Zemel fez palestra sobre teatro em Suzano na noite desta segunda-feira (17/5). A apresentação no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi faz parte do projeto Pílulas Criativas.

O coordenador de Artes Cênicas e Oficinas Culturais, Cleiton Pereira, apresentou a atriz ao público e falou da importância da formação continuada para atores e artistas. “Aqui em Suzano, o teatro coletivo aprendeu a se organizar e desenvolver metodologias práticas, mas faltou trabalhar questões como a história do teatro. Precisamos, portanto, retomar as bases”, disse.

Para ele, ouvir a atriz Berta Zemel, que iniciou sua trajetória no teatro junto com Sérgio Cardoso e também atuou em cinema e novelas nas tevês Tupi, Bandeirantes, Globo, SBT e Record, é um aprendizado e faz os artistas se lembrarem do porquê fazem teatro.

“Sinto-me honrada por estar cercada de colegas e por estar perto do Walmir (Pinto, secretário de Cultura), que faz este trabalho que tem continuidade no município. Sabemos o quanto é difícil fazer um trabalho e ir caminhando com ele”, afirmou.

A atriz, filha de poloneses e nascida no Bexiga, em São Paulo, falou de sua trajetória e chamou a atenção dos presentes para a importância da perseverança na carreira. “É preciso ser insistente, que aí você encontra a sorte”, disse. Berta também destacou a importância do estudo na formação do ator e diretor de teatro. “Não quero dizer que uma pessoa que tenha talento não consiga se sobressair sem a escola. Mas se ela pula a escola, ela vai ter de procurar esta base depois, de qualquer forma”, orientou.

Também estiveram presentes o ator Wolney de Assis, marido de Berta e professor da oficina de interpretação, e o secretário de Cultura, Walmir Pinto.


CRÉDITO FOTOS: SECOM

Fonte: Imprensa de Suzano
Reprodução: Magno Oliveira

domingo, 16 de maio de 2010

Vida e obra de Nando Reis

Fui batizado com o nome de José Fernando. Filho de Cecília Leonel e José Carlos Galvão Gomes dos Reis, nascido no dia 12 de janeiro de 1963. Como meus irmãos homens, José Carlos e José Luiz, recebi o prenome de José, que se incumbiria de resumir toda a extensão de minha vocação católica. Minhas irmãs, Marias, se tornaram Cecília e Luiza. Fui batizado, mas não fiz primeira comunhão.



Na minha casa sempre ouvimos muita música. Minha mãe era professora de violão e meu pai engenheiro. Ela cantava bem, sua voz era linda. Ele era fã de Jorge Ben e de seu primeiro disco: “Samba Esquema Novo”. Meu irmão mais velho, Carlito, me ensinou a ouvir rock’n’roll e comprou o primeiro Rolling Stones que vi: “Between the Buttons”. Minha irmã mais velha, Quilha, me ensinou a tocar violão; me levou também para assistir Barra 72, um show da Gal e do Gil quando ele voltou do exílio. Eu era pequeno. O meu outro irmão, Zeco, era surdo e me ensinou a respeitar o silêncio. A Lulu, a mais nova, excepcional, me ensinou a brincar.



Ganhei o meu primeiro violão da minha Vó Jú quando tinha sete anos. Era um Gianinni pequeno, que eu tinha há até bem pouco tempo. Aprendi os primeiros acordes com as aulas da minha irmã, mas acho que aprendi mesmo a tocar violão quando tirei sozinho todas as músicas do disco de Londres do Caetano. Conseguir tocar as músicas que eu gostava de ouvir me deu uma sensação de satisfação impressionante.
Carlito tinha uma turma de amigos que tinha um grupo de rock. Ensaiavam na garagem da casa do pai do baixista. Eu me lembro de ter ido assistir a alguns desses ensaios e de ter ficado impressionado com os solos do guitarrista. Pedia que ele me ensinasse a solar. Achava muito estranho alguém gostar de tocar baixo. Fui ter aulas de bateria com a professora Arlete. Nunca consegui solar. Acabei sendo baixista.



A primeira música dos Beatles que me comoveu foi “O-bla-di O-bla-da”. Ficava dançando na sala, de tarde. Minha vó me trouxe o “Let it Be” da Inglaterra, numa edição que tinha um álbum de fotos das sessões de gravação. Meu beatle predileto era George Harrison e numa foto ele usava uma camisa roxa. Aquilo tudo era muito diferente e parecia ser muito atraente. Minha mãe, algum tempo depois, me deu o “Led Zeppelin III”. Até hoje nunca vi capa mais bonita.
Quando eu tinha 10, 11 anos, costumava fazer eleições diárias de qual era a música que eu mais gostava. Alice Cooper ganhava seguidamente. Eu costumava imitá-lo em frente ao espelho vestindo um minhocão (que era uma calça de pijama) com umas botas de cano alto da minha irmã e tocando uma vassoura piaçava. Não sei qual foi a minha felicidade quando eu soube que ele viria tocar no Brasil. Assistir ao Alice Cooper no Palácio das Convenções foi uma experiência inesquecível.



Tive aulas de harmonia, violão clássico e popular com o Alexandre, o “Maranhão”, um amigo do Carlito que tocava muito bem. Nessa época tocava violão a tarde inteira e gostava de fazer músicas. Sempre escrevi muito, fazia “livros”, poesias e gostava de mandar cartas. Fazia músicas em cima de alguns poemas, em geral, longos. Sempre gostei de músicas longas.
Entrei no Colégio Equipe em 1978. Tinha um turma de amigos que era um time de futebol e fazia uma revista em quadrinhos, “O Papagaio”. Quase todo mundo tocava. Quando soube que o Santa Cruz estava abrindo as inscrições para o “Segundo Festival Secundarista de Música” chamei o Tonico Carvalhosa, o Paulo Monteiro, o Cao Hamburguer e o Marcelo Mangabeira para a gente ensaiar uma música. Assim nasceram “Os Camarões”, uma banda inspirada na Banda do Zé Pretinho de Jorge Ben e nos Wailers de Bob Marley, com backing vocais femininos e tudo o mais (formado pela Teca Berlinck, Inês Stockler e Gláucia, irmã de Britto).


Subimos ao palco pela primeira vez vestidos de branco para defender a música “Pomar” de minha autoria e de Paulo Monteiro. Passamos pelas eliminatórias e acabamos – para espanto e emoção de todos nós – vencendo o primeiro prêmio. Foiuma comoção, pois a platéia estava totalmente ao nosso lado e já havia decorado o facílimo refrão. Foram os treze minutos mais longos da minha história. Embalado pelo êxito da empreitada (e pela grana do prêmio que nos permitiu comprar dois amplificadores Gianinnis – “baguinhos” – que duraram até os primeiros ensaios dos Titãs) começamos a ensaiar muito.
Éramos um “sucesso” no circuito secundarista. Nos inscrevemos para o Festival da Feira da Vila Madalena defendendo a música “O Cheiro de Beterraba” de Vange Leonel que, nessa época, já fazia parte da banda. Não ganhamos nada, mas entramos no disco que a Continental lançou com os vencedores e os participantes. Lá estavam Itamar Assumpção (segundo
lugar com “Nego Dito Beleléu”), Paulo Miklos e Arnaldo Antunes, com a música “Desenho” de autoria dos dois. A banda acabou como se acabam as coisas aos dezessete anos. Sem saber o porquê.



Quando acabei o colegial fiquei três anos esperando para passar no vestibular de Matemática. Quando finalmente entrei na UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) os Titãs já começavam a montar o seu primeiro show. Acho que a minha inaptidão para as Ciências Exatas, somada à distância que me fazia perder muitos ensaios, me levou a abandonar o curso antes de completar o primeiro ano. Eu me lembro de ter chorado muito no dia que disse aos meus pais que não ia mais continuar a faculdade. Eles, apesar de preocupados, me apoiaram.
Em 15 de outubro de 1982, à meia-noite, na choperia do Sesc Pompéia, os Titãs entraram no palco pela primeira vez para apresentar um show inteiramente seu – nosso, no caso. Com cenário, figurinos, luz e repertório próprio apresentamos por duas noites seguidas um show estranho e ousado que a princípio só mobilizou os amigos, mas que, graças a nossa insistência e vocação, se repetiria por todos os buracos dessa cidade até que uma gravadora resolvesse nos contratar. Nessa época Ciro Pessoa estava com a gente.


Depois de mandar fitas cassetes para todas as gravadoras com repertório gravado e ensaiado à exaustão num estúdio nos fundos da casa do pai do André Jung, o nosso baterista; e depois de recusar com veemência uma proposta para gravar um compacto simples através da intermediação feita por Pena Schimdt, acabamos assinando um contrato para gravação de um Long-Play com a Warner Music.
Dentro do estúdio Áudio Patrulha, nos buracos que nos permitia a sua agenda lotada para gravação de jingles, em julho de 1984, terminamos o disco “Titãs”. Foi a minha primeira experiência diante de um estúdio de “verdade” com uma mesa de 24 canais. Toquei baixo em algumas faixas, em um instrumento emprestado. (Esqueci de comentar que no começo eu era apenas backing vocalista dos Titãs e que fui conquistando meu novo posto ao longo dos ensaios).

Gravei como cantor pela primeira vez duas versões minhas: “Marvin” (com Sergio Britto) e “Querem meu Sangue”. Nessa época já havia sido convidado para cantar alguns reggaes no Sossega Leão no lugar do Paulo Miklos. O Sossega Leão era uma banda de baile especializada em música caribenha, também numerosa, composta por músicos profissionais que tinha uma agenda lotada de apresentações de suas “Noites do Caribe”. Pela primeira vez comecei a ganhar algum dinheiro com música, o que sedimentou a minha já “antiga” vontade de casar.


Me casei no dia 14 de fevereiro de 1985 num cartório alí na Praça da Árvore, vizinho à casa dos pais da Vânia, colega de classe conhecida no Equipe, musa da minha primeira canção e agora minha mulher.


Em 1985 convidamos Lulu Santos para produzir o nosso segundo LP. Gravado em São Paulo nos estúdio Transamérica, contribuí com duas músicas: “O Homem Cinza” e “Pra Dizer Adeus” em parceria com Tony Bellotto. Em 16 de janeiro de 1986 nasce Theodoro Passos Reis, o Théo, nosso primeiro filho, prenúncio de que um ano fundamental estava se iniciando.
Depois de algum tempo nos observando à distância, finalmente quebramos o gelo e iniciamos uma parceria que iria também mudar as nossas vidas: os Titãs gravaram o LP “Cabeça Dinossauro” com a produção de Liminha. Gravado depois da absurda prisão do Arnaldo, o repertório do disco revelava uma completa mudança nas letras da banda. Colaborei com mais
três músicas: “Homem Primata”, “Igreja” e “Bichos Escrotos”. Essas últimas proibidas para serem difundidas tanto na TV quanto no rádio pelo Departamento de Censura Federal. Esse disco foi consecutivamente premiado e chegou ao seu ápice ao ser votado como o disco da década.



Em 87 é lançado “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”, o meu disco predileto, com a graça de não ter nem lado A ou B, mas sim lado C e D, um lado mais eletrônico e outro eletrificado. De minha autoria, as parcerias “Diversão” e “Nome aos Bois”, nos rendeu uma enorme polêmica com os donos dos nomes listados e a faixa título.
Em primeiro de junho de 88 nasce Sophia, nossa querida filha. Vinte dias depois embarcávamos para Londres para nos prepararmos para a primeiraapresentação internacional dos Titãs, na noite de rock do 22o Festival de Jazz de Montreaux. O LP “Go Back”, gravado ao vivo no festival, chega às rádios e transforma “Marvin” num estrondoso sucesso nacional. O mundo revela ser muito mais real do que o sucesso. Devastada por um câncer fulminante, em 19 de junho de 1989, morre minha mãe, Cecília.
Nos enfiamos por 3 meses no “Nas Nuvens” para preparar “Õ Blésq Blom”nosso disco mais ambicioso. As parcerias “Raciosímio”, “Deus e o Diabo”, “Faculdade” e “O Camelo e o Dromedário” sobre um tema tão excêntrico quanto recorrente, nascem num período onde as composições coletivas se tornam cada vez mais constantes.


Cansados de tanta parafernália eletrônica que tínhamos que acionar cada vez que subíamos ao palco, decidimos voltar ao básico. Entramos em estúdio para, pela primeira vez, produzirmos um disco nosso. Assinando também pela primeira vez as músicas em conjunto (como Titãs), o nosso trabalho não considera mais fronteiras. Produzir, arranjar, compor, tudo é dividido e assumido por todos. Assim fizemos “Tudo ao mesmo tempo agora”, disco que quebrou a corrente de unanimidade em torno do nosso trabalho. O rádio não tocou, a crítica não falou, o público não comprou.
Sou convidado para produzir o disco de Vange Leonel. Junto com Charles Gavin, trabalhando praticamente em trio, terminamos “Vange” com repertório integralmente composto por Vange Leonel e Cilmara Bedaque. Estoura o hit “Noite Preta”. Pude tocar baixo e violão neste disco maravilhoso.
Nesse tempo iniciava uma outra importante parceria na minha vida: Marisa Monte gravava seu segundo disco, “Mais”, com três canções nossas (”Ainda Lembro”, “Tudo pela metade” e “Mustafá”) e uma outra inédita minha: “Diariamente”. Foi a primeira vez que uma composição minha foi gravada fora dos Titãs. Começo a me livrar de tantas dúvidas a respeito de minha capacidade criativa e a acreditar que minhas músicas podem ser boas.
Entro no período mais estranho da minha vida, o mais dividido e instável. Vivo musicalmente uma ambiguidade: minha banda escolhe o caminho mais radical e pesado para o seu próximo CD, mas nada do que eu componho parece se encaixar no repertório. No meio dos ensaios para o “Titanomaquia”, Arnaldo se desliga da banda. Escolhemos Jack Endino para
produzir o disco. Tudo fica muito esquisito. Depois da turnê resolvemos nos dar umas “férias”.


Volto a trabalhar com Marisa, compondo para o seu próximo CD. Me sinto muito mais integrado ao seu universo musical, que na verdade incorpora o meu universo autoral. Sou convidado para gravar algumas faixas do “Cor de Rosa e Carvão (Verde, Anil, Amarelo)”. O disco é um momento de rara inspiração: um marco. Conheço Cássia Eller pessoalmente; ela grava “E.C.T.”.
Sou convidado a participar como produtor do programa “Gastão Redescobre o Brasil” da MTV. Produzo o CD da banda “Nomad”. Cidade Negra estoura com “Onde Você Mora”, minha e de Marisa. Somos premiados (eu, Marisa e Carlinhos Brown) pela APCA como melhores compositores pelo disco “Cor de Rosa e Carvão”.
Em janeiro de 95 entro no estúdio para gravar meu primeiro disco solo. Começo gravando na Bahia as percussões e o violão de Roberto Mendes. No Rio de Janeiro, junto de Cesinha, Luiz Brasil, Dadi e Marcos Suzano, terminamos “12 de Janeiro”, o que me deixa feliz e realizado. O single “Me Diga” vai muito bem nas rádios. O segundo video-clip “A Fila”, recebe o clip de ouro da MTV na categoria MPB. Sou premiado, de novo, como melhor compositor pela APCA pelo meu disco solo. No dia 13 de maio de 95, dia da libertação dos escravos, nasce Sebastião, o filho de número 3.



Os Titãs estão aflitos para entrar em estúdio. Um pouco atrasado, chego para os ensaios ainda com a cabeça em outro lugar. O reencontro é estranho: normal, amigos também são desconfiados. Numa transição para o universo pop, lançamos o bom disco “Domingo”.
Novos parceiros abrem novos horizontes: com Samuel Rosa inicio uma importante série de composições (”É uma partida de futebol”, no CD “Samba Poconé”; “Resposta” no CD “Siderado” – também gravada por Milton Nascimento em “Crooner” – e “Ali” no “Maquinarama”), e com Roberto Frejat uma grande amizade junto com um aprendizado. Gosto de conhecer outros métodos de criação. Todos temos que resolver, basicamente, o mesmo problema: como não ser redundante.
Somos convidados a gravar o Acústico MTV. Mexer em repertório clássico era uma questão delicada e arrojada. Como soar diferente sem contradizer as versões originais? Os Titãs acústicos? Parecia uma idéia estapafúrdia. Convidamos Liminha para trabalhar com a gente para mexermos num tesouro que havíamos enterrado juntos. Especialmente para
esse projeto faço “Os cegos do castelo”. Incluímos 4 músicas inéditas, o que na época não era usual. O sucesso foi estrondoso. Vendemos como nunca. Fomos comprados por quase dois milhões.
Depois de uma turnê monumental, subindo ao palco pela primeira vez acompanhados por músicos de orquestra, resolvemos complementar com o que havíamos deixado de fora. O público pedia outras músicas em versões acústicas e resolvemos agregá-las ao nosso próximo trabalho. Misturando inéditas e regravações, lançamos um novo cd com o irônico título de “Volume Dois”. Canto a minha “Sua impossível chance” e o Paulo “Eu e Ela”.
Sou convidado por Cássia Eller para produzir seu novo disco. Empenhado em traduzir a sua multiplicidade musical e assim contrariar um estigma, fui ouví-la para saber qual repertório ela iria querer cantar. Assim nasceu “Com você… o meu mundo ficaria completo”, um disco onde Cássia cantou poderosamente, só que de modo mais suave, uma dúzia de inéditas. Seu disco foi indicado para o Grammy Latino 2000 na categoria de melhor álbum de rock brasileiro e sua interpretação de “O Segundo Sol” levou a composição a ser indicada na categoria de “Melhor música em língua portuguesa” para o mesmo Grammy. Além dessa canção, contribuí com mais 3 outras: “As coisas tão mais lindas”, “Infernal” e “O meu mundo ficaria completo (Com você)”.



Para surpresa pessoal, a Vânia fica grávida de novo. Em 27 de setembro de 99, dia de Cosme e Damião, nasce Zoe, a minha filha ruiva.
Emendando mais uma vez turnê e gravação, sem querer enfrentar o desgastante processo de seleção de repertório, resolvemos gravar um disco de covers só para tocar e curtir. Nada de inéditas, mas com outro tipo de surpresa: fomos para Seattle e junto com Jack Endino gravamos “As Dez Mais”. Primeira música na rádio: a nossa versão de “Pelados em Santos”, cantada por mim e pelo Branco. Rejeição geral, ninguém entendeu nada, aliás, ninguém tava a fim de gostar de nada!!! Depois de 16 anos de Warner, mudamos de gravadora (agora estamos na Abril Music) e demos uma parada para poder realizar trabalhos individuais.



Nesse período lanço “Para quando o arco-íris encontrar o pote de ouro”, disco gravado em Seattle, com a produção de Jack Endino e concluído no Rio de Janeiro com a produção de Tom Capone. Com uma banda fixa américo-brasileira composta por Barrett Martin na bateria e percursão, Alex Veley nos teclados, Fernando Nunes no contra-baixo e Walter Villaça na guitarra, e contando com as participações especiais de Peter Buck (R.E.M.), Cássia Eller e Rogério Flausino (Jota Quest), mostro as 11canções inéditas que havia guardado para mim.
Aproveitando os 9 meses de férias dos Titãs, planejo fazer uma turnê para divulgação do CD “Para quando” e convido Barrett e Alex para passarem três meses no Brasil. Felipe Cambraia no baixo e Carlos Pontual na guitarra completam a banda – nascem Os Infernais. O relativo fracasso da turnê contrasta com o grande barato do show. Resolvo registrar o show “ao vivo”, sem platéia, na Toca do Bandido com a produção de Tom Capone antes da partida dos americanos. Gravamos tudo num fim de semana.
No início do fatídico ano de 2001 toco na Tenda Brasil do Rock in Rio já com a presença de Mauro Manzoli na bateria. Em fevereiro subo para Teresópolis em pleno Carnaval para passar três semanas num sítio ensaiando o repertório do MTV Acústico Cássia Eller. Produzo o disco junto com Luiz Brasil. Gravamos em São Paulo, em Março, em dois dias. Cássia arrasa cantando Edith Piaf, Riachão, Xis e Nação Zumbi. Grava”Luz dos Olhos” e me convida para tocar violão e dividir os vocais em “Relicário”. Regrava “O Segundo Sol” e “E.C.T.”.



Em maio entro em estúdio com Cambraia, Pontual, Manzoli e Maurício Barros para gravar mais três músicas que fechariam o repertório para o próximo disco: versões para as minhas músicas já gravadas por outros artistas.
Os Titãs retomam os ensaios em Abril. Durante dois meses ensaiamos para fazer os arranjos e escolher as músicas para o nosso primeiro disco inteiramente de inéditas desde 97. Convidamos Jack Endino para nos produzir novamente. Segunda-feira, onze de Junho, estou já no Rio de Janeiro para começar a gravação do novo trabalho quando sou surpreendido
com a notícia terrível: Marcelo fora atropelado em São Paulo enquanto corria. O pesadelo se inicia. Ao longo dos próximos dois dias seu estado se agrava e o inimaginável se torna realidade: Marcelo Fromer morre aos 39 anos no dia 13 de junho em São Paulo. Perco um amigo de uma vida inteira. O meu mundo fica mais pobre.
Desnorteados, resolvemos retomar o projeto do disco e após uma semana de recesso entramos no estúdio “A e R” para homenagear nosso amigo gravando o nosso último trabalho conjunto. Com as 16 músicas que havíamos escolhido juntos, “A melhor banda de todos os tempos da última semana” é lançado em Setembro de 2001. Vamos para a estrada novamente.



No dia 29 de Dezembro uma outra notícia devastadora. Cássia Eller morre no Rio de Janeiro. Num momento de ascensão fulminante, em meio a uma turnê de absoluto sucesso, a tragédia outra vez interrompe e rouba o futuro. Cássia está morta: o meu mundo fica mais incompleto.
Após ter adiado o lançamento do meu CD para que não colidisse com o início da excursão dos Titãs, lanço em fevereiro de 2002 “Infernal – but there´s still a full moon shining over Jalalabad”. Último disco pela Warner, nenhuma música inédita. Faria um trabalho de divulgação heterodoxo, apenas shows de lançamento, sem turnê e um único clip como peça promocional – “Eu e ela” dirigido por Mauro Lima. Em Março produzo junto com Liminha a banda mineira “Squadra”, que grava uma parceria minha com Carolina Lima “A jóia rara”.Em Maio, assino com a Universal Music um novo contrato para minha carreira solo.
Desolado pelas perdas recentes, desgastado pela sequência de shows, dividido entre a minha banda e a minha carreira solo, o atrito não pôde mais ser evitado. Discordando sobre o rumo dos nossos futuros planos, deixo a banda no dia 7 de Setembro. Termino uma história de vinte anos para começar outra etapa da minha vida.
Em Outubro entro em estúdio em companhia de Lan Lan, Fernando Nunes e Walter Villaça para dar início às gravações de um disco póstumo em homenagem aos 40 anos de Cássia. Num trabalho intenso em emoção e admiração produzo “Dez de Dezembro”.
Em Janeiro de 2003 começo os ensaios para o meu novo disco. Reúno novamente Barrett Martin, Alex Veley, Felipe Cambraia e Carlos Pontual no Rio de Janeiro e gravamos “A letra A” com produção de Carlo Bartolini. Eu me sinto mais feliz! Termino as gravações das bases no estúdio “Fast Horse” em Taos, Novo México, EUA. Lá componho “Do seu lado” que entrego para o Jota Quest.



Lanço o disco em Cd e LP duplo. Meu primeiro trabalho para a Universal. Escolhemos música a “Dentro do mesmo time” como single. Toni Vanzolini e Carol Jabor dirigem o clipe. Saímos em turnê para a divulgação do disco. Na banda, um novo membro: João Viana ocupa o posto de baterista. Com cenário de Rodrigo Andrade – uma lona pintada com a paisagem da foto da capa do disco – estreamos em Mococa com a abertura da banda Zafenate, de meu filho Theodoro. Me apresento no VMB cantando “Tão Diferente”. Apesar de várias indicações, ganhamos apenas o prêmio de melhor web site, pela genial concepção gráfica de Rodrigo Andrade em parceria com 14 bits. Em setembro, nova ruptura na minha vida pessoal. Me separo de Vânia para ficar com Anna. Gravo “Sangue Latino” para um tributo aos Secos e Molhados. Com direção de Vitor Amat, Cássio Amarante e Oswaldo Santana gravamos o clipe de “Luz dos Olhos” usando a música como trilha sonora de um casamento, algo como um reality-clip.



Maio de 2004. Em sociedade com Sérgio Peixoto abro a Infernal Produções, escritório próprio para cuidar da minha carreira e dar suporte para toda a minha atividade profissional. Somos convidados pela MTV para gravar o projeto “Ao vivo”. Diante da dificuldade de encontrar um local adequado em São Paulo escolhemos Porto Alegre para fazer o show. Com o apoio da Universal, da Caco de Telha, da MTV e da Infernal Produções, gravamos em junho de 2004 o show que deu origem ao Cd e DVD “Nando Reis e os Infernais: MTV ao vivo”. Para esse show – que seria o último com a participação de João Viana -, reestruturamos o repertório para podermos extrair um disco que desse uma panorâmica na minha carreira. Compus três músicas: “Mantra”, uma antiga melodia minha que ganhou letra de Arnaldo Antunes, feita especialmente para ser cantada com os devotos Hare Krishna do Templo de Teresópolis; “Por onde andei” e “Quase que dezoito” (que contou com a participação de Diogo Gameiro, futuro baterista dos Infernais). Incluí ainda no disco “Pomar”, minha e de Paulo Monteiro, música composta para o II Festival secundarista de Música do Colégio Santa Cruz em 1979. Convido a banda gaúcha Ultramen para tocar a música comigo.
Com a direção de Joana Mazucchelli o programa estréia na MTV em agosto de 2004. A música “Mantra” é escolhida como single e entra na trilha da novela das 7 “Começar de novo” da Rede Globo. O Desempenho do disco é surpreendente e em pouco mais de um ano atinge as marcas de Cd e DVD de ouro. Ganho o prêmio APCA de melhor compositor pela terceira vez.
Em Setembro de 2004 nova tragédia. Tom Capone sofre um acidente fatal de motocicleta em Los Angeles. Os anjos levaram mais cedo o amigo que havia me ajudado a conceber meu som infernal.



Sou convidado pelo jornal O Estado de São Paulo a escrever para a coluna Boleiros, no Caderno de Esportes. Morre Mauro Manzoli, querido amigo e segundo baterista dos Infernais. Em Abril de 2005 um colapso emocional indica que devo mudar os rumos e a conduta de minha vida: depois de anos de uso abusivo de álcool e drogas, com a ajuda de médicos, familiares e amigos, decido interromper essa rota auto-destrutiva. Trabalho árduo, dificílimo, mas fundamental. Meu novo comportamento na vida e em palco proporciona um período de contenção e reorganização. Abro meus olhos, limpo meus poros e sigo a minha vida com muito mais água. Sou convidado para tocar “Por onde andei” na comemoração de 10 anos de VMB. O clipe de “O mundo é bão, Sebastião!” dirigido por Doca Corbett. Concorre em várias categorias, mas não ganha nenhuma.



Me separo da Anna em Novembro. Fim de ano acidentado, rompo os ligamentos do tornozelo jogando futebol. Em Janeiro e no Rio de Janeiro, como de costume, me reúno com os Infernais e Chico Neves para a gravação do que veio a ser o meu sexto disco solo: “Sim e Não”. Para um sujeito tão antagônico, melhor nome não haveria.
Durante as sóbrias gravações de “Sim e Não” um inesperado sim revoluciona minha vida; um antigo amor platônico se afirma na mais concreta realidade – Nani, musa inspiradora de inúmeras canções – fica grávida e começa tecer a vida do futuro Ismael, que vem à luz no dia 24 de Outubro de 2006. “Sou dela” é escolhida como single e tem seu clipe dirigido por Gustavo Leme. Com cenário de Carlito Carvalhosa e luz de Rafael Auricchio saímos em turnê num ano complicado, com Copa do Mundo e eleições presidenciais.



No final desse ano recebo convite da MTV para gravar o que seria o primeiro DVD do tradicional programa da grade de verão da emissora, o Luau MTV. O projeto vai crescendo e se desdobra em CD. Reatado com Anna, montamos juntos esse grande programa que receberia 4 convidados: Samuel Rosa, Andreas Kisser, Negra Li e Andrea Martins. Convido Pontual para produzir o disco comigo. Depois de uma semana de ensaios no terraço de minha casa na praia do Lázaro, gravamos na praia Vermelha do Norte, Ubatuba, num dia chuvoso e branco de Janeiro de 2007. Com direção de Romi Atarachi lançamos o DVD e o Cd- Nando Reis e os Infernais, Luau MTV , que tem apenas a inédita “Tentei fugir”. Tendo Lan Lan e as backings vocais Micheline Cardoso e Juju Gomes junto a banda, montamos o show em duas partes: a primeira rigorosamente como o Luau, e a segunda, elétrica. Caímos na estrada numa turnê que se estenderia até 2009.


Surpreendentemente, três músicas minhas emplacam em três novelas das 8 da Globo seguidas: “Espatódea” que fiz para minha filha Zoe entra em “Paraíso Tropical”; “Sou dela” é resgatada para “A Favorita”; e gravo especialmente para “Caminho das Índias” uma versão de “Eu nasci há dez mil anos atrás” de Raul Seixas e Paulo Coelho.
Tenho a honra de fazer duas letras para o disco novo do Tremendão – me torno parceiro do meu ídolo, Erasmo Carlos.



Novamente sozinho, em Junho de 2008, conheço Dri, e para ela escrevo um lote de 14 músicas que batizo secretamente de Drês. É o começo do novo disco, que gravo em Janeiro de 2009 com os Infernais no estúdio Cia dos Técnicos (onde gravei o “12 de Janeiro”), novamente com a parceria de Pontual na produção. Com a participação de Ana Cañas cantando “Pra você guardei o amor”, lanço “Drês” em Maio de 2009 – 12 músicas inéditas, todas de minha autoria. A capa ficou a cargo de Sesper, que também fez o vídeo para “Hi, Dri!”. “Ainda não passou” é escolhida para o single; Bruno Murtinho dirige o clipe.





Fonte: Site do cantor http://www.lastfm.pt/music/Nando+Reis/+wiki

Fotos: Site do cantor http://www.lastfm.pt/music/Nando+Reis/+wiki

Reprodução: Bruno Martins

sábado, 15 de maio de 2010

Peça "Dissidente" será apresentada no Galpão das Artes, nesta terça

Após uma temporada com ingressos esgotados no Sesc Consolação, em São Paulo, o Núcleo Caixa Preta se apresenta em Suzano na próxima terça-feira (18/5), às 20h, no Galpão das Artes. O espetáculo é gratuito. “Dissidente” foi criado a partir do texto inédito no Brasil de um dos maiores dramaturgos franceses vivos, Michel Vinaver.

A montagem mostra a vida cotidiana de uma mãe (Cácia Goulart, indicada ao Prêmio Shell Melhor Atriz 2008 e 2003, em São Paulo, por “Bartleby” e “Navalha na Carne” respectivamente) e Felipe (José Geraldo Rodrigues, do longa “Linha de Passe”), seu filho adolescente. Desquitada e abalada pela possibilidade iminente de desemprego, a personagem precisa se adaptar ao fato de que será substituída por uma máquina. Em contraponto, seu filho vive a experiência do primeiro emprego e as dificuldades no trabalho duro em uma indústria de linha de montagem.

A direção da peça é de Miriam Rinaldi (Teatro da Vertigem) e a tradução de “Dissidente” é de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald.



Montagem

O interesse pela dramaturgia francesa e um encontro com a obra de Michel Vinaver, por meio de pesquisas, são os principais motivos que levaram Cácia Goulart a montar “Dissidente” pela primeira vez no Brasil. “Fui tomada por sentimentos inquietantes após a leitura do texto, pois ‘Dissidente, sem dúvida’ (título original) inaugura uma profunda remodelação das estruturas dramáticas”, afirma a atriz e produtora do espetáculo.

“Dissidente” induz o espectador à pura imaginação e reflexão dos acontecimentos desenhados no palco, confrontando as personagens em um dúbio processo de confinamento e busca de liberdade. O espetáculo se apresenta aos olhos do público como um grande desafio, uma vez que ele próprio é levado a interpretar os fatos, completando os sentidos. A cenografia, assinada por André Cortez, joga com a ideia de espaço público e privado e desenha um ambiente de uma fragmentada família contemporânea e sua compulsão pelo consumo, tão criticada por Maio de 68, uma das inspirações da direção.

Serviço

“Dissidente”

Local: Galpão das Artes – (rua nove de Julho, 267, Centro – Suzano)

Gratuito

Recomendação: 14 anos


Fonte: Secretaria de Comunicação de Suzano
Reproduzido por: Magno Oliveira

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O escritor Zuenir Ventura fará uma palestra gratuita em Suzano

O escritor Zuenir Ventura fará uma palestra gratuita em Suzano dia 8 de junho, às 20h, na Biblioteca do Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (rua Benjamin Constant, 682 – Centro). A visita do escritor faz parte do projeto Viagem Literária, desenvolvido pela Secretaria de Cultura em parceria com o governo do Estado. Até novembro, a cidade receberá um escritor por mês.

O projeto dá continuidade ao Trajetória Literária, que é desenvolvido em Suzano e trouxe grandes nomes da literatura ao município, como Ariano Suassuna, Marcelo Rubens Paiva e Moacyr Scliar.

Na visita no dia 8 de junho, Zuenir Ventura falará de sua trajetória literária e conversará com o público, que poderá fazer perguntas após a apresentação.

Nos meses de agosto e setembro, a cidade receberá escritores infanto-juvenis em eventos realizados no período da tarde e voltados ao público mais jovem.

Para o coordenador literário da Secretaria de Cultura de Suzano, Ademiro Alves, o Sacolinha, as palestras de escritores que são referência na literatura brasileira são exemplos para quem escreve e estimulam o público. “Todas as palestras que tivemos em Suzano foram aulas, sendo que algumas, como a do Suassuna, foram espetáculos. O público aprende rindo, se divertindo e sai do evento querendo ser como os autores, querendo ler mais e escrever mais.”

Zuenir Ventura

Mineiro, Zuenir Ventura formou-se em 1958 em Letras Neolatinas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Depois de ser redator e arquivista, ganhou uma bolsa em 1959 para estudar no Centro de Formação de Jornalistas. Neste período, fez coberturas jornalísticas históricas, como a passagem de João Goulart, o Jango, por Paris, antes de se tornar presidente.

De volta ao Brasil, foi editor internacional do Correio da Manhã e chefe de reportagem da revista O Cruzeiro. Em 1968, durante a ditadura militar, foi preso político por três meses e passou o período numa cela junto de pessoas influentes como Hélio Pellegrino, Ziraldo, Gerardo Mello Mourão e Osvaldo Peralva.

Em 1969, depois de liberado, lança para a Editora Abril uma sucessão de 12 reportagens intituladas “Os anos 60 – A década que mudou tudo”, que mais tarde transformada em um livro.

Em 1977, assumiu o cargo de chefe da sucursal da Revista Veja. Fez a matéria sobre a morte de Cláudia Lessin Rodrigues, pela qual recebeu o Prêmio Esso junto com outros dois jornalistas Em 1981, assumiu a diretoria da filial Rio de Janeiro da revista Isto É.

Em 1989, escreveu “1968 – O ano que não terminou”, best-seller que inspirou a série “Anos Rebeldes”, da Rede Globo.

Também em 1989, como repórter especial do Jornal do Brasil, foi para o Acre, onde investigou a morte de Chico Mendes. A matéria lhe rendeu outro Prêmio Esso, além do Prêmio Wladimir Herzog.

Em 1993, colaborou para a criação da instituição Viva Rio. Após meses frequentando a favela de Vigário Geral, escreveu o livro “Cidade partida, um retrato das causas da violência no Rio”, ganhando o Prêmio Jabuti de Reportagem. Também publicou “Inveja – Mal secreto”, “Chico Mendes – Crime e castigo” e “1968 – O que fizemos de nós”. [Com informações do site Portal Literal]




Fonte: Imprensa de Suzano
Reprodução: Magno Oliveira