Bárbara Fernanda
Bonecos no modo automático.
E lá estou, visitando as redes sociais da vida (terrível vicio que pretendo livrar-me), vendo fotos de amigos que viajaram no feriado. Em um determinado momento esbarrei no perfil de uma amiga que faz um determinado tempo que não converso e acabei perdendo o contato. Detalhe, ela nem mora assim tão longe. Enfim, resolvi ver suas fotos para ver como anda a vida e tal, e a resposta me veio tão rápida no primeiro álbum que visitei.
O álbum se chamava “Canil”. Pausa dramática. Mais um pouco de dramatismo. Virei para um caro amigo mais tarde e perguntei quem em plena sã consciência coloca o nome do seu álbum de Canil? Ele me responde que é o nome de uma balada numa cidade próxima. Até ai tudo bem, mas nenhuma mulher que se preze coloca o nome de um álbum de fotos de ”Canil”.
Ninguém.
Avaliando o resto das fotos dela, constatei que o termo pelo qual me assustei, era muito fofo e meigo. E vocês leitores inteligentes devem bem supor por que. A cada foto um “ohh” diferente. Em um leque de baladas diferentes e em poses de dança tão estranhas e tão sexualmente explicitas, eu boquiaberta já não era nada. E pior, a cada visualização ia reconhecendo junto com ela amigas que cresceram junto comigo. Porém depois da sessão, percebi um padrão bem óbvio pelo qual não me encaixo:
1- Cabelos lisos (escorridos) até a cintura;
2- Vestidos micro curtos e mais-calças com desenho “sexy”(?);
3- Todas com um copo de bebida na mão.
4- Saltos altíssimos vermelhos, rosa, verde e etc;
5- Siliconadas, com pernas gigantes e bundas idem de muita academia.
Elas ao fim se tornaram uns clones que não entendi ainda. E os rapazes também! Todos musculosos, com tatuagens de um circo de horrores, mostrando suas línguas. Todos com cara de:”Vim pegar todas hoje!”. E elas: “Vim ser pega hoje!”. E não vou comentar o estilo musical. Não vou!
Todos se tornaram bonecos no modo automático. Todos agindo da mesma maneira. E achando que a vida é isso: baladas e “pegação”.
Quando olho para mim vejo assim: a garota que gosta de usar all-star e calça jeans. Uso o que acha bonito e fashion, não o curto. Gosto de roupinhas retrôs, floral e tiaras no cabelo. Cafona? Não sei! Mas acho essas coisas tão mais femininas...
Se comentar que passei a noite do feriado assistindo um seriado, mudam de assunto. Quando perguntam a mim o que eu mais gosto de fazer e respondo que é ir ao cinema, fazem cara de tédio. Para não dizer que fui a uma balada, fui uma vez. E foi bom sim, eu curtindo no meu canto.
E faço academia, duas vezes por semana para não ficar enferrujada.
Gosto de ler. Gosto de escrever. E quando converso com alguém desse “Canil” e eles chegam com um: “Eu quero que ele sejE...”, desconverso e saio andando. Gente que esquentou cadeira na escola.
Olha, de verdade, não entendi essa juventude atual, mas para mim, diversão tem opções muito mais distintas que Tequila e bagunça. Não existe mais dançar juntinho, ou aquela coisa de cortejar a moça.
Quem me dera...
Para eles, apenas sou uma boneca ultrapassada.
HOLA AMIGO: COMO SIEMPRE APRECIO TUS ENTRADAS CON TEMAS TAN INTERESANTES.-
ResponderExcluirUN GUSTO LEERTE.-
Olá amigo!
ResponderExcluirÉ com muito gosto que retorno ao mundo da blogosféra. Entrei para lhe fazer uma visita e ler seus belos postes. Pois a juventude está mesmo ficando bonecos automáticos. Também não gosto do mundo em que vivem. Gosto de uma mulher bém femenina e retirada do mundo do álcol e da droga.
Vá até o meu http://www.congulolundo.blospot.com
Um grande abraço e bom final de semana.