Sempre encontrei verdadeiro fascínio na poesia, sendo por ela constantemente atraída,
por sua forma subjetiva e rica de expor sentimentos e idéias com profundo lirismo.
Quando comecei a escrever algumas linhas, na minha adolescência, foi através da forma
poética que encontrei expressão. Os versos fluíam tão naturalmente e com tamanha
facilidade que não pensava nas palavras, elas vinham e se apossavam de mim (risos).
Me sentia um mero instrumento daquele "algo" que de mim se apoderava, a inspiração.
Com o passar do tempo fui encontrando novas formas de expressão, como o conto e a
crônica, encontrando prazer e desenvolvendo uma fluência na escrita desses gêneros,
mas a poesia continua sendo a minha paixão e a minha catarse.
Biografia
Nascida no Rio de Janeiro (RJ).
É educadora e pós-graduada em Pedagogia
Identificada com as diversas propostas em textos literários, escreve também com
resultados diversificados.
Seus textos incluem contos, crônicas, aforismos, haicais e poesias.
Alguns deles são publicados na internet, em sites, blogs e revistas eletrônicas.
Escreveu um livro de contos "Rocktales - Contos do Rock"" com o escritor Beto Palaio, a ser publicado em breve.
Blogs Pessoais:
Labirintos da Alma - http://labirintosdaalma.blogspot.com/
Participação como Colunista:
Comunidade Literária Benfazeja
Revista Contemporartes
Textos na Internet:
Comunidade Literária Benfazeja - http://www.benfazeja.com/
Revista Zunai
Facebook:
Grito Criativo
https://www.facebook.com/groups/poeticadoencontro/?notif_t=group_activity
Grupos do facebook nos quais participa:
Vidráguas
Contato: ianerubens@gmail.com
iane.mello@hotmail.com
Por Ianê Mello
E-mail
do Folhetim Cultural: folhetimcultural@hotmail.com
Todas ás segundas feiras
aqui no Folhetim Cultural ás 20 horas Sentires Poéticos!
Conto, por Ianê Mello
Eles eram um casal. Um casal normal como qualquer
outro casal vindo de um longo relacionamento. Já estavam juntos há vinte anos. Alguns desses felizes, outros não.
Estavam acostumados um com o outro e não sei se isso é bom ou ruim, na verdade.
Nada no comportamento do outro surpreendia. Era tudo previsível demais. Essa
previsibilidade tornava sua convivência estável e, por vezes, monótona. A
monotonia pode ocasionar para alguns um desejo por novidades, por algo que able
as estruturas. Isso pode gerar um problema. Ele sabia de cor todas as linhas de
seu rosto amado. Sua testa larga, seus profundos olhos castanhos, seu nariz
afilado, sua boca fina e rósea, seus cabelos castanhos emoldurando seu rosto
como uma bela moldura num quadro. Bela mulher! Madura já em seus traços,
afinal, tinha cinquenta e dois anos. Madura e bela. Seu corpo bem torneado,
cintura fina, seios pequenos e largos quadris, seguidos de longas e bem feitas
pernas. Corpo desejável e belo, embora maduro. Ele a queria muito. Tinha
certeza de seu amor por ela. Nessa mulher encontrara a paz para os seus dias.
Mas era tanta paz que ás vezes incomodava. por que será que a paz incomoda? Não
é, afinal, a ela que almejamos. contradições do ser humano. Quando a
encontramos, dá uma coceirinha estranha para que algo abale essa paz
conquistada. Vá lá saber o porque! Assim ele se sentia. Mas a amava acima de
tudo. Não poderia sequer supor perdê-la. Isso o impedia de ter uma aventura
qualquer que pudesse abalar seu relacionamento, mas seu coração, ao mesmo
tempo, pedia para viver essa aventura. Ele lutava consigo mesmo, enquanto
olhava para ela, em seu semblante plácido, tranquilo, seu remanso, seu rio de
águas claras e serenas. Mergulhava, então, em suas águas profundas e bebia o
mais que podia dessa fonte geradora de amor. Nesses momentos esquecia de suas
inquietações e desejos. Se perdia nela e se encontrava novamente. Ela se abria
inteira, entregue, pronta, fruto maduro. Ele sorvia seu néctar inebriado.
Respirava seu cheiro de mulher. Beijava sua boca e nela entrelaçavam sua
línguas, numa valsa cadenciada. Sentia o gosto já conhecido, mas não menos
amado dessa mulher que é sua, sem surpresas. Enterrava a cabeça entre seus
longos cabelos cheirando a jasmin e se sentia num jardim paradisíaco. Tudo era
conhecido, mas belo. Para quê buscar noutros corpos uma satisfação momentânea,
para aplacar seu desejo de algo novo? Arriscar-se a perder a mulher que para
ele era tudo, era a sua vida. Tolice, devia estar ficando louco. A idade o
estava fazendo querer coisas absurdas. "Estou com medo de envelhecer, é
isso!" Ele pensa e sorri para si mesmo aliviado. Olha sua mulher, a mulher
por ele amada, dentro de seus olhos e diz, com toda a sua emoção:
- Eu te amo!
É outono. As folhas caem das árvores, amarelecidas,
bailando no ar. Bela dança outonal. Eles sorriem um para o outro e se abraçam
fortemente. Estão juntos e em paz. Essa é a verdadeira felicidade.
Twitter
de Ianê Mello: http://twitter.com/#!/ianemello
Twitter
do Folhetim Cultural: http://twitter.com/#!/FolhetimCultura
Página
do Folhetim Cultural no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Folhetim-Cultural/306412726048485?sk=wall
Facebook Ianê Mello:http://www.facebook.com/iane.mello
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por interagir conosco!