Suzano recebeu renomados escritores no final de semana passado (14 e 15/4). Paulo Lins, Reinaldo Figueiredo, Eduardo Shinyashiki e Menalton Braff estavam entre as principais atrações do I Salão Internacional do Livro de Suzano, organizado pela Prefeitura no Parque Municipal Max Feffer (avenida Roberto Simonsen x avenida Brasil, no Jardim Imperador). O evento prossegue até o próximo domingo (22/4), com entrada gratuita.
No sábado (14/4), estiveram no I Salão Internacional do Livro os autores Reinaldo Figueiredo, do humorístico “Casseta & Planeta”, e Paulo Lins, autor do livro “Cidade de Deus”, obra que se transformou num dos maiores sucessos do cinema nacional e chegou a concorrer ao Oscar. Figueiredo e Lins participaram de bate-papo com o público e sessão de autógrafos.
No Espaço Trajetórias Literárias, Reinaldo Figueiredo falou sobre seu trabalho, iniciado como cartunista –profissão que muitos, segundo ele, desconhecem. “A TV é algo tão poderoso que tudo que está fora dela parece não existir”, disse.
Ele é autor de dois livros: “Desenhos de Humor” e “Noite sobre Autógrafos”, os quais reúnem piadas e cartuns de sua autoria. Ele também escreve semanalmente para o jornal O Globo, do Rio de Janeiro.
O “Casseta”, como gosta de ser chamado, respondeu a várias perguntas do público, que estava curioso sobre sua rotina de trabalho na TV. Muitos queriam saber sobre a censura da emissora para algumas piadas e a reação da pessoa satirizada. “Hoje vivemos em uma democracia. Na época que trabalhei no ‘Pasquim’ [semanário conhecido por fazer oposição à ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970] era mais difícil, mas hoje não. Temos liberdade para falar o que pensamos, mas tudo com muito bom senso e respeitando um certo limite”.
No início da noite, o Espaço dos Autores Regionais recebeu Paulo Lins. O autor de “Cidade de Deus” apresentou seu mais novo trabalho, o livro “Desde que o Samba é Samba”. Lins anunciou ainda que prepara um novo trabalho para a televisão: a minissérie “Suburbia”. A produção contará a história de uma mulher negra do subúrbio carioca e deve ir ao ar em janeiro de 2013.
Lins elogiou a Prefeitura de Suzano pela realização do Salão Internacional do Livro.“Sinto-me orgulhoso por estar fazendo parte desta primeira edição do evento. A arte e a literatura são a salvação para o mundo. Digo isso não porque sou escritor, e sim porque sou leitor Quem tem poder é porque leu mais, o mundo é de quem tem mais conhecimento”, opinou.
Para finalizar a programação do sábado no Salão do Livro, a Associação Literatura do Brasil realizou o tradicional sarau literário Pavio da Cultura. Diversas pessoas que participaram da atividade recitaram livremente suas poesias. Durante o sarau, também houve o lançamento oficial do 8 º Concurso Literário de Suzano, que está com as inscrições abertas até o dia 27 de abril.
No domingo (15/4), o I Salão Internacional do Livro de Suzano contou com a presença dos autores Eduardo Shinyashiki e Menalton Braff.
Autor do livro “A Vida é um Milagre”, Eduardo Shinyashiki falou sobre “como buscar o verdadeiro sentido para vida” a partir da sua própria experiência. Ele contou que sofreu dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs), que o deixaram oito meses paralisado. Segundo Shinyashiki, a partir daí surgiram as reflexões sobre como tinha vivido até aquele momento e o que queria para seu futuro. “Quanto mais tempo se passa, mais nos afastamos daquilo que nos dá prazer”, afirmou. “As pessoas ficam tão presas aos problemas que se esquecem de ir atrás da solução”, ressaltou.
Ao final da palestra, Eduardo Shinyashiki, autografou seus dois livros que estão em exposição no salão: “A Vida é um Milagre” (2010) e “Viva como Você Quer” (2004), ambos publicados pela Editora Gente.
Já Menalton Braff participou de um bate-papo com seus leitores no Espaço dos Autores Regionais. Ele já publicou 18 livros e tem outros seis aguardando publicação.
Em uma conversa com seus fãs, Braff falou sobre sua trajetória de vida, rotina de trabalho e das técnicas que utiliza para escrever seus livros. Autodidata, o autor aprendeu a ler aos 5 anos. O primeiro livro que leu foi “O Guarani”, de José de Alencar em formato de revista em quadrinhos. Aos 12, começou a compor seus primeiros poemas. “Escrevo por ter necessidade de me expressar, sem pensar na publicação. Se a pessoa escreve, pinta, faz arte pensando no dinheiro, isso não é arte, isso é comércio”, afirmou.
Braff deu algumas dicas aos leitores presentes à sua palestra. “Escrever um romance exige disciplina e convívio com os personagens. Já para escrever um conto você tem de ser mais rápido: veio a inspiração você deve colocá-la no papel”, disse.
O autor elogiou a organização do I Salão Internacional do Livro e ressaltou que seu efeito dura muito além dos dez dias de realização evento. “Meses depois as pessoas ainda pensarão sobre o livro, comprarão e irão ler, tudo graças ao contato que tiveram aqui. Parabéns a Suzano pela bela iniciativa”.
Alguns livros de Menalton Braff também podem ser encontrados no I Salão Internacional do Livro de Suzano.
Fonte: Jornalismo Suzano
Postagem: Magno Oliveira
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