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Fernando Ferrari aos sábados ás 19 horas suas charges poderão ser apreciadas aqui no Folhetim Cultural. E a partir de Julho sua coluna A crônica nossa de cada dia será ás 20 horas, Segundas feiras.
E-mail: fffernandoferrari@gmail.com
Nascido em Maio de 1979 em SP, Publicitário pós-graduado, brasileiro com cidadania francesa. Quatro livros já publicados e no primeiro concurso literário que participou foi premiado.
Mantém os sites:
fernandoferrari.carbonmade.com (Peças publicitárias)
cabecatroncoetextos.blogspot.com (Blog de crônicas)
ferrarifernando.hdfree.com.br (Livros e site feito por ele mesmo)
bulboecerebelo.blogspot.com (Tirinhas)
Ser,
mas não ter? Eis a questão.
Desde que o mundo é mundo,
o homem sente uma incontrolável necessidade de ser imortal. De ser lembrado e
de aparecer mesmo, por aquilo que fez ou faz, admirado por seu gênio, pelo seu
poder, principalmente se isso vier de uma mulher e até mesmo por sua sabedoria,
sem perceber que muitas vezes, esbarra numa outra característica da espécie. A
burrice.
Como se fosse um
espermatozóide que no meio de milhões que nadaram e morreram na praia, ou na
garganta, consegue seu lugar ao Sol, chega ao óvulo, fecunda e numa atitude
soberba, literalmente ferra tudo, achando ser o dono do pedaço, só por que
entrou a força, ultrapassando os limites do local para mostrar poder, saindo de
lá, sem conseguir mais voltar.
Para algumas pessoas, parece
difícil aceitar o ciclo natural da vida: Nascer, crescer, desenvolver,
reproduzir, envelhecer e morrer. Aí o cara começa a inventar e complicar também
o ciclo, o mudando para: Nascer, crescer, não se desenvolver, se achar, fazer
besteira, reproduzir, não criar, se endividar, complicar quem está envelhecendo
e tentar se matar.
Quanto menos coisa, mais
vida. Frase interessante não? Mas você deve estar se perguntando:
O que é que o Ú tem a ver
com as calças? Tudo bem, eu explico. Ora, tudo! Ambos são cúmplices. O que um
faz, o outro sabe. Se cheirar, já se suspeita quem foi. Se rasgar, alguém
estava de olho. E é disso que quero tratar. O preço da fama. O preço de estar
na boca do povo.
Todos nós, simples
mortais, que seguimos o ciclo normal da vida, somos responsáveis pelo que
fazemos. Nosso sucesso ou fracasso, só depende de nós. Já os semideuses, como muitos se acham os
também chamados de artistas e que em alguns casos se encaixam no ciclo de vida
alterado, não enxergam que seu sucesso vem do público, já o fracasso, deles
próprios.
Ser famoso, mas não ter
sossego? Eis a questão e o preço a pagar pela escolha da vida pública. Aceitar
e respeitar, esta condição é o que diferencia o bom do ruim e garante sucesso
sem fim.
Sempre haverá crítica,
oposição, gente bêbada, folgada, donos da razão e chatos. Isso é fato. Veja
Cristo! Só fazia o bem e mesmo assim, foi crucificado! E nem tinha paparazzi na época!
Outro exemplo, de nível
santificado bem mais baixo, infinitamente inferior e por sinal, bem mais
quente, inclusive aonde nós torcemos, para que ela vá depois daqui, é fazer
dois túneis, únicos no mundo que desembocam em semáforos, desviando o trânsito
para longe dos olhos, mas para baixo da terra, seguindo a filosofia anti-stress
para qualquer assunto: “relaxa e goza”.
Colocação infeliz. Das
palavras e dos túneis, mas não sou totalmente contra a posição citada, deixando
claro que não sou de nenhum partido político. Mas para que discutir? Também não
vou dizer para pegar a raiva, mastigar, engolir seco o nervoso e os digerir
(alá Collor) alimentando bem uma úlcera. Seria suicídio homeopático, até por
que botar para fora é bom.
Saber extravasar, além de
profissionalmente se comportar, diante de uma provocação, é mais uma arte que
os semideuses devem aprender, para
evitar que acontecimentos como o ocorrido na festa da Paz (MG) onde Dudu, numa
atitude nada Nobre, parou um show após ter sido chamado de chifrudo, por um
simples mortal, se repita e a fama profissional possa durar.
Achar que somos mais que
qualquer um, é como criticar os EUA por invadirem o Iraque, mas abrir a
geladeira, na casa do vizinho, sem pedir autorização. O mundo gira e tudo é um
ciclo. Collor, hoje pôs para fora sua raiva, mas no passado experimentou do
mesmo veneno. Aquele espermatozóide vencedor deve tirar proveito da
oportunidade dada, aproveitar e só relaxar.
É difícil saber quem
começou ou até que ponto abalou o já abalado. Mas ter a vida pública é aceitar
a exposição e contornar a provocação para ser realmente elevado a um patamar
terráqueo mais alto, sendo Bombom também para seu lado, evitando ser
prejudicado. Humildade, jogo de cintura e pés no chão, podem ser uma saída.
Escolher o anonimato, outra!
Parabéns pela crônica...
ResponderExcluirUm grande abraço.
Obrigado por passar aqui. Eu Magno Oliveira em nome de Fernando Ferrari, agradeço sua participação no Folhetim Cultural.
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