terça-feira, 22 de maio de 2012

Elenco é o grande destaque do filme "Lawless"


Sétimo filme a concorrer no 65º Festival de Cannes, “Lawless” é uma espécie de filme de super-herói – só que passado na época da Lei Seca, nos Estados Unidos. Baseado em fatos  o longa-metragem de John Hillcoat (“A Estrada”) estranhamente teve a reação mais entusiasmada até agora da sessão de imprensa nessa competição ainda morna.
Com um elenco cheio de grandes talentos, como Tom Hardy, Jessica Chastain, Mia Wasikowska, Gary Oldman, Guy Pearce, é um bom filme, mas parece ter mais chances em termos de troféus nas categorias de atuação mesmo.
“Lawless” fala sobre os irmãos Bondurant, que, na época da Lei Seca, na década de 1920, faziam, como tantos outros, fabricação e comércio ilegal de bebidas. Os dois mais velhos, Howard (Jason Clarke) e Forrest (Tom Hardy, excelente), são encarregados do trabalho sujo e violento envolvido nas operações. O caçula, Jack (Shia LaBeouf), começa como motorista, mas aos poucos vai se metendo – e metendo os pés pelas mãos – nos negócios da família, ao mesmo tempo em que chega ao condado o terrível oficial Charlie Rakes (Guy Pearce). O grande gângster da cidade é Floyd Banner (Gary Oldman).
Os irmãos Bondurant acreditam que não podem morrer. E Forrest é mesmo uma espécie de Robocop, o que provoca boas risadas. No meio da guerra instalada, Jack conhece a filha do pastor, a delicada Bertha (Mia Wasikowska), e Maggie (Jessica Chastain) chega pedindo emprego.

Foto: DivulgaçãoShia Labeouf e Tom Hardy em cena de "Lawless"













Na tradição de Cannes, há muitas cenas difíceis de ver – as mais violentas até agora no festival. O filme obviamente tem muitos paralelos com a época atual, como a crise econômica e política, mas falta-lhe mais força e complexidade para ser realmente um concorrente à Palma de Ouro.
“Há um certo zeitgeist numa época de instabilidade e insegurança”, disse o diretor australiano John Hillcoat na entrevista coletiva que se seguiu à exibição, na manhã do último sábado (19). 
“Existem muitos paralelos com os tempos de hoje, as crises econômica e política, a guerra às drogas. Inclusive tínhamos uma montagem no começo com o que estava acontecendo com os carteis mexicanos até chegar à época da Lei Seca, quando nasceu o crime organizado seriamente.”
Shia LaBeouf disse que trabalhou muito para criar a irmandade com Tom Hardy e Jason Clarke. “A irmandade começou na academia de ginástica, tivemos de nos preparar fisicamente.” As cenas de luta eram “orgânicas, bagunçadas, sujas, realistas, não eram coreografadas como um balé”.
Jessica Chastain falou sobre sua personagem. “Como ela tem muita experiência, tem um jeito forte. É interessante de ver a relação com Forrest, que é tão violento, mas quase feminino em sua reação a ela. Então os papeis são trocados.” Já Mia Wasikowska explicou por que gosta de Bertha, suave, mas com um quê de rebeldia. “Tendo a preferir personagens que lutam contra a sociedade, que são estranhas para a época em que vivem.”
Tom Hardy, que é inglês, teve de trabalhar no sotaque americano do sul. “Eu só fiz dois sotaques americanos na vida, mas esse era mais difícil para mim, fiquei nervoso. E sei que meu sotaque nem sempre é incrível, mas gostaria de aprender até outras línguas se pudesse, para um filme”, afirmou o ator, que faz o vilão Bane em “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”.
O ator também comentou seus três trabalhos em seguida com Gary Oldman, que também está no filme de Christopher Nolan e em “O Espião que Sabia Demais”, de Tomas Alfredsson. “Na primeira vez, em ‘O Espião que Sabia Demais’, eu basicamente tinha de olhar para ele, o que foi bom, porque para mim ele é Deus. No segundo, eu meio que estava interpretando Deus, então pude dar umas surras. Ele é meu herói."
Fonte: Portal IG
Postagem: Magno Oliveira

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