Bruno Martins: Esta é a segunda edição do O poeta entrevista. E neste mês vamos entrevistar Bruno Martins ele que é blogueiro, radialista e formado em Segurança do Trabalho. Aqui no Folhetim ele escreve sobre comunicação e participa do Chá das 5. Para começar quero saber de você Bruno.
Magno Oliveira: De onde vieram os
amores pela, escrita, rádio e tevê?
Bruno Martins: Sabe que essa pergunta me
remete a voltar ao meu passado, bem a escrita veio aos 16 anos numa
redação que fiz em sala de aula para um concurso do dia das mães.
Ali naquele papel eu coloquei toda a história da minha infância,
tudo o que passei com minha mãe, a morte do meu pai um mês e meio
após o meu nascimento e essa minha redação foi eleita a melhor da
sala, só que já era tarde para me inscrever no concurso e então eu
perdi. Mas eu vi que com aquela redação eu pude tocar algumas
pessoas, eu vi que a nossa palavra ela tem poder só precisamos saber
usá-la e eu não parei mais de escrever isso me movia e comecei
arriscar produzir outros textos.
O Rádio veio ouvindo
rádio AM, quando eu tinha quatorze anos ganhei um radinho do ex -
marido de minha mãe (foi a única coisa boa que ele me deixou). Ai
eu passava horas ouvindo aquele radinho eu achava um máximo aquilo,
ouvia de tudo. De tarde eu adorava ouvir programas da rádio Globo
como o globo estrada que é apresentado pelo ilustre Pedro Trucão.
Quando eu dormia com o rádio ligado eu ficava triste porque a minha
pilha acabava tudo ai eu não iria ter mais para ouvir depois. Que
saudades daquele tempo.
Agora a Tevê também fez
parte da minha infância. Me lembro quando eu ficava assistindo
aquela novela O Caderudu passou umas três vezes em Vale a pena ver
de novo e a três eu assisti. O jornal pegou assim e só serviu para
aumentar minha paixão vendo o Cid Moreira na tevê da minha casa me
lembro quando ele ainda apresentava jornal. O ataque ao Word Trad
Center, a copa do mundo, em fim a tevê é mágica tdm coisas boas e
ruins, por isso existe os canais você escolhe o que quer assistir.
Magno Oliveira: Formado em radialismo,
o que você pretende fazer neste segmento?
Bruno Martins: O radialismo é um foco
que eu tenho mais para o futuro, quando entrar na faculdade de
jornalismo o rádio é uma das portas que eu quero abrir entrar
aprender muita coisa sobre o rádio e depois tentar algo na tevê. É
isso eu quero começar no rádio. Porque o rádio é começo da
comunicação.
Magno Oliveira: O que você quer
passar em seus textos?
Bruno Martins: Verdade.
Magno Oliveira: Um ídolo na tevê,
qual é o seu?
Bruno Martins: Arnaldo Jabor
Magno Oliveira: Você tem diploma de
Técnico em Segurança do Trabalho e radialismo. Porque fez duas
coisas tão diferentes?
Bruno Martins: O técnico em segurança
do Trabalho é diferente, mas o de radialismo não, poxa rádio é
comunicação. Risos. Foi um meio que eu encontrei para chegar na
faculdade, pagando. Sem sucesso até hoje não consegui emprego na
área da segurança do trabalho. Se souber de algo depois te passo
meu currículo.
Magno Oliveira: Quando criança o que
você pensava ser?
Bruno Martins: Já pensei em ser
policial, cozinheiro (sem sucesso), até palhaço eu já quis ser.
Magno Oliveira: Dos sonhos daquele tempo,
quais se perderam no caminho, quais continuam intactos?
Bruno Martins: O jornalismo, ter a minha
própria agencia de comunicação. Esses sonhos não morreram. E os
que se perderam se é que se perderam os encontrarei quem sabe em um
futuro próximo.
Magno Oliveira: Um ídolo na música,
qual é o seu?
Bruno Martins: Cazuza.
Magno Oliveira: Você se lembra em
quem votou na última eleição?
Bruno Martins: Claro que sim foi no...
foi no... foi no... Poxa quem foi mesmo... Ah claro vamos para a
lista.
Dep. Estadual. André do
Prado
Dep. Federal Valdemar
Costa Neto
Senador 1 Aloisio Nunes
Senador 2 (Vigi esse eu
esqueci)
Governador Celso
Russumano
Presidente nos dois
turnos eu fui Tucano Serra
Mas espera ai o voto não
é secreto?
Magno Oliveira: O que você espera dos
candidatos que venceram, em especial o Tiririca?
Bruno Martins: Que façam o que
prometeram (Você acredita em Papai Noel?) espero daqui alguns anos
ver um filme da Dilma no cinema só não sei se o título será o
mesmo que o do seu antecessor. Quanto ao Tiririca que ele use a
história da vida dele para ajudar as pessoas de onde ele veio “Os
sertões abandonados.”
Bruno Martins: Magno Oliveira: Como você prevê o
mandato da primeira mulher eleita para a presidência da república?
Bruno Martins: Poxa isso mostra que o
país esta se revolucionando mesmo ao extremo estamos caminhando para
uma mudança na nossa vida política, espero que ela faça o que
muitos homens não fizeram. (Viaje menos e faça mais)
Magno Oliveira: Você acredita que a
classe politica é a menos honesta que existe no nosso país?
Bruno Martins: Não ainda há um exemplo
vivo de dignidade na política nacional brasileira, José de Alencar
esse homem é guerreiro não pela luta que enfrenta contra o câncer,
mas por tudo o que é e representa para a nossa sociedade. Menos
honesta é impossível dizer, mas é a que mais maqueia a honestidade
tentando esconder os podres do passado.
Magno Oliveira: Como você pretende
ajudar o seu país a mudar, ser diferente, melhor?
Bruno Martins: Quem sabe cumprindo com
os meus deveres de cidadão, isso é o começo. Um professor uma vez
me ensinou “o meu direito começa quando acaba o dele”
Cada um no seu lugar
seria um bom começo.
Magno Oliveira: Qual a pior mentira
que contou, qual a que ouviu?
Bruno Martins: Todas as que você acabou
de ler. Rs brincadeirinha. Pior mentira que eu já contei, acredito
que foram um monte (Corinthians o melhor time do mundo isso é
verdade), mentimos todos os dias. Agora a que eu já ouvi e ouço até
hoje é que a pena de morte é a solução dos problemas para acabar
com o crime no Brasil. Impossível quem somos nós para tirar a vida
de alguém e quem disse que com mais morte vamos acabar com a morte.
Magno Oliveira: Qual a importância da
religião na vida do ser humano?
Bruno Martins: Como vamos querer mudar o
mundo apenas com a força dos nossos braços? Cumprir com o nosso
papel de cidadão ainda não é tudo, em nossa volta tem uma multidão
que precisa ser salva, é uma pena que essa multidão não aceite a
realidade que é cruel e dura, parte dessas pessoas que precisam ser
salvas estão jogadas na margem da solidão com a mão estendida não
pedindo apenas pão ou esmolas, elas estão suplicando por vida. E o
que fazemos? Nada. Achamos que o problema não é nosso, alguns
chegam em casa, dobram o joelhos e agradecem pelo teto que os cobre,
pela comida que comem. Mas e aqueles que nada têm? Não basta apenas
ter religião tem que ter ao menos um pingo de compaixão amai ao teu
próximo como a ti mesmo, não é apenas amar o teu filho, marido,
amigo, mas é sim se colocar no lugar da outra pessoa se colocar como
um mendingo. E se fosse você? Ou seu filho? Você apenas passaria
por perto e nada ia fazer, ou iria dar uns trocados e voltar para a
sua casa? Deus não quer suas esmolas ele quer pessoas prontas para
guerrear o bom combate, para quem conhece Deus apenas quer que
façamos o IDE “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a
criatura” devemos nos apegar mais a Deus dessa maneira vamos
conseguir mudar a história de toda uma nação.
Magno Oliveira: Para quem quer
acompanhar sua escrita como pode fazer isto?
Magno Oliveira: Por
que Cazuza é seu ídolo na música?
Bruno Martins: As
músicas do Cazuza tem algo que hoje falta nas músicas brasileiras,
tem poesia, tem amor. Cazuza foi o único personagem da música
brasileira que conseguiu juntar política, amor e poesia nos seus
CDs. É gostoso ouvir a voz do poeta que está vivo em nossas
lembranças. Ele teve coragem de largar o rock (Barão Vermelho) e
quando todos achavam que ele não iria conseguir sozinho, ele mandou
ver e arrebentou a boca do balão, fez sucesso, vendeu muito e se
tornou sem dúvida o melhor dos anos 80.
“Cazuza
o cara era tão louco que fez uma viagem para o exterior da vida, mas
se esqueceu de voltar, o palco está vazio e o poeta perdido.”
Magno Oliveira: Por
que Arnaldo Jabor é seu ídolo na tevê?
Bruno Martins: Não
que o Arnaldo seja especificamente o meu ídolo da tevê, mas eu
adoro suas criticas, adoro o trabalho dele, as crônicas que ele
escreve, mas ainda acho que ele poderia ser um pouco mais a voz do
povo na tevê ou até mesmo no rádio. É esse o papel de um critico
político na minha opinião.
Magno Oliveira: Se
você pudesse escolher em qual época viver qual você escolheria?
Bruno Martins: Sem
dúvida na época da ditadura militar, anos 60 e 80. Sei que para os
que viveram naquela época foi muito ruim, mas vejam Caetano e
Gilberto Gil, ficaram exilados e hoje ganham dinheiro fazendo música
de qualidade. Lula foi preso pela ditadura e veja até onde chegou.
Foi chamado de “O Cara” por Obama. O que vale não é o que essas
pessoas como Caetano, Gil e Lula tem hoje mais sim a história que
fica para eles contarem.
Magno Oliveira: O
que você pensa sobre os grupos que fazem sucesso hoje, como você os
avalia?
Bruno Martins: Bem
os grupos que hoje fazem sucesso, alguns pode se dizer, que são “Os
piores da música brasileira”, mas assim como um dia já tivemos
coisas boas chegou a hora de nos contentarmos com “Os piores”. Se
não pode com eles junte-se a eles.
Magno Oliveira: Deu
muito bafafá a entrevista do Roberto Prado no mês passado na
questão do capitalismo. Como você vê o capitalismo, você é a
favor?
Bruno Martins: Quando
eu vejo o capitalismo do Brasil, a cada dia sinto mais inveja do
socialismo exagerado do Chile, pois é um país que sabe valorizar o
estudo. Com um ensino de primeira sem precisar arrancar dinheiro do
bolso daqueles que nada têm, diferente do Brasil e outros países.
Só vamos conseguir ir pra frente se mostrarmos que o que movimenta
um país é o valor que se dá naqueles que o fazem, ou seja o
trabalhador, o estudante e a dona de casa.
Magno Oliveira: No
próximo mês teremos o carnaval, você irá pular, vai ter sua
escola preferida?
Bruno Martins: Não
vou pular, nem terei escola preferida, estarei em um retiro com o
jovens da minha igreja quem quiser ir esta convidado.
Magno Oliveira: Em
março o Folhetim faz um ano e você é um criador dele. Você
acredita que com isso contribui por uma melhor cultura?
Bruno Martins: O
Folhetim Cultural chegou a um patamar que nem o Magno e eu poderíamos
acreditar que alcançaríamos. No começo foi só um sonho, mas
acabou se tornando sim um veiculo de comunicação que atravessa o
mundo (graças à internet). Mas o mediador e responsável pelo
Folhetim chegar aonde está hoje, é você Magno que acreditou
fielmente no seu sonho de fazer uma comunicação limpa, onde o
sensacionalismo não chega nem perto, você acreditou em si próprio
e deu a cara a tapa. Agora falando aqui um pouco mais intimo me
lembro da minha primeira cobertura de reportagem (acho que também
foi à única que fiz pelo Folhetim) quando fomos entrevistar aquela
trupe de teatro que veio para Santa Isabel éramos apenas três Eu, o
Magno e o Léo. Um amigo que conhecemos por um acaso. Pois bem
naquele dia senti na pele a sensação de estar correndo atrás da
informação para passá-la apenas para 31 seguidores e hoje já são
quase 300 os seguidores deste trabalho, graças a você Magno que não
largou o barco. Estou pensando em te mandar um currículo será que
eu ainda teria chance no Folhetim?
Magno Oliveira: Defina
em uma palavra. Em apenas uma. Não vale roubar (risos)
A
sua infância
Aventura
O
primeiro amor
Único
Brasil
Impostos
Mundo
Obama
Futebol
Corinthians
Politica
Nepotismo
Ricardo
Teixera
Nepotismo
Lula
Peixe
Dilma
Sorte
PT
Presidência
PSDB
Governo
Seleção
Brasileira
Hexa?
Ódio
Mata
Deus
Vida
Família
Primordial
Defina
você em uma palavra.
Magno Oliveira: Até
hoje me diga qual a maior perca e a maior vitória de sua vida?
Bruno Martins: A
maior perda foi meu pai eu nem o conheci ele se foi cedo demais, ou
eu devo ter nascido tarde demais. A maior vitória foi ter conhecido
Jesus, foi ter sido salvo pelo teu sangue, foi graças a ele que eu
estou aqui escrevendo para essa entrevista e é graças a ele que
você está ai lendo tudo isso. Mais vitórias virão, as perdas
serão consequências da vida e o resto à gente vai levando.
Magno Oliveira: O
crack é um sério problema no nosso país. De qual maneira você
acredita que podemos acabar com isso, e o que você sente quando vê
os noticiários na televisão?
Bruno Martins: Se
torna difícil falar sobre como vamos acabar com o crack ou qualquer
outra droga ilícita no nosso país. As pessoas acreditam que
poderemos acabar com isso tudo se legalizarmos a aprovação da
maconha. Ai cada um fuma a sua na sua casa e pronto não fizeram mal
a ninguém, não teremos mais viciados andando pelas ruas. Mas a
droga é algo que veio para matar e destruir, quantas famílias vemos
ai nos noticiários sendo destruídas pela droga, pessoas
acorrentadas. Mas ai alguns poderão dizer: Mas a droga só pega
aqueles que não tiveram uma boa oportunidade de vida, aqueles que
tiveram um estudo inferior, que largaram a escola e coisa e tal. Isso
tudo é desculpa. Quantos viciados não há embaixo de ternos
luxuosos andando por avenidas como a Paulista desfilando em seus
carros importados? A droga destrói a todos por igual sem exceção.
É um erro dizer que isso nunca vai acabar, mas quem sabe quando os
órgãos competentes tomarem medidas mais precisas não poderemos um
dia deitar em nossos colchões e sonhar com um Brasil melhor.
Magno Oliveira: Você
acredita em liberdade de expressão no Brasil?
Bruno Martins: Acredito sim aqui existe
de tudo um pouco, a cada dia que ligo o meu televisor e vejo que
dentro dele tem homens que se dizem jornalista, mas na verdade são
meros atores que estão ali apenas para se deliciarem da desgraça
alheia, vejo que a liberdade de expressão no Brasil, afunda o país
num abismo sem fim.
QUE PENA QUE AS ESCRITAS FORAM CORTADAS...
ResponderExcluirMAS DEU PELO MENOS PRA ENTENDER UM POUQUINHO O QUE SE PASSA NA CABEÇA ABENÇOADA DESSE SER MARAVILHOSO QUE É O BRUNO MARTINS.
PARABÉNS AO ENTREVISTADO E AO ENTREVISTADOR!
ABRAÇOS CARIOCAS!
Abraços regina amiga! Vamos trazer a entrevista novamente
ResponderExcluir