Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, com programação gratuita
traz produções sobre como a deficiência é encarada pela sociedade.
No dia 12 de outubro às 15h00 o CCBB será palco de um encontro de cidadãos e
seus cães guia que após ato público assistirão a sessão das 17h00 que apresenta
o documentário de 60 minutos “História do movimento político das pessoas com
deficiência no Brasil” - de Aluízio Salles Jr.
O Centro Cultural Banco do Brasil patrocina e recebe, de 05 a 16 de outubro,
a quinta edição do Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, o Assim
Vivemos. O evento, que acontece bienalmente, traz uma programação de filmes que
instigam uma reavaliação do que a sociedade pensa sobre as pessoas com
deficiência e suas possíveis limitações.
Além da programação com 28 obras, palestras e debates, a curadoria do
Festival organiza um encontro de cidadãos e seus cães-guia para o dia 12 de
outubro às 15h00. O ato promove a Lei que já existe e que permite a entrada dos
cães em ambientes públicos.
A intenção é que os cidadãos portadores de deficiência possam compartilhar de
suas experiências de circulação. “No Rio de Janeiro tem acontecido vários
contratempos, porque ninguém sabe que é lei, que os cães-guia podem entrar em
qualquer local público. Até mesmo alguns policiais desconhecem a lei.
Recentemente uma deficiente visual sofreu ordem de prisão, pois seu desabafo
foi considerado desacato a autoridade. Convidamos não só quem tem seu cão guia,
mas todos aqueles que simpatizam com a nossa causa e que conseguem enxergar a
importância desse animal.” – Afirma Lara Pozzobon, curadora do Festival.
Extrato da Lei 11126:
Art. 1o É assegurado à pessoa portadora de deficiência visual usuária de
cão-guia o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos
estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo, desde que observadas as
condições impostas por esta Lei.
§ 1o A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se
à cegueira e à baixa visão.
Art. 3o Constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição
e multa, qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo do direito
previsto no art. 1o desta Lei.
Art. 4o Serão objeto de regulamento os requisitos mínimos para
identificação do cão-guia, a forma de comprovação de treinamento do usuário, o
valor da multa e o tempo de interdição impostos à empresa de transporte ou ao
estabelecimento público ou privado responsável pela discriminação.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Lei/L11126.htm
Sobre o Festival:
O Assim Vivemos nasceu quando Gustavo ainda era estudante de cinema da UFF, e
realizou o curta-metragem Cão Guia, cujo enredo narra uma história de amor entre
um rapaz e uma moça portadora de deficiência visual. O filme, ao ser selecionado
para o festival alemão Wie Wier Leben (Como nós vivemos), levou o casal a
encontrar – e se encantar – com os moldes do festival que trazia personagens
reais, com a mesma alegria e vivacidade vistas cotidianamente. Assim, brotou o
desejo de trazer ao Brasil um evento similar, que desse aos brasileiros o mesmo
impacto tido entre o público alemão. Logo, em 2003, aconteceu a primeira edição
do festival, já com o patrocínio do CCBB. E da estreia bem sucedida veio a
criação do programa televisivo Assim Vivemos, veiculado na TV Brasil.
Novas perspectivas são dadas ao tema por meio das 28 obras veiculadas durante
as duas semanas de festival. Como não poderia deixar de ser, desde a sua criação
– em 2003 – o evento conta com uma infraestrutura focada na acessibilidade, com
catálogos em Braille, interpretação em LIBRAS, legendas closed caption, salas
com acesso a cadeirantes e audiodescrição.
No circuito, o evento não atua apenas como festival de cinema. A abrangência
do Assim Vivemos torna o Festival numa verdadeira celebração da inclusão
cultural no Brasil, uma vez que colabora, de forma decisiva, para a inserção de
pessoas que usualmente não frequentam programas culturais. “O evento contribui
com o incremento da democratização da informação para todos, por ser um evento
transdisciplinar e inédito, que junta a arte com as questões importantes das
pessoas com deficiência, e por promover o encontro de pessoas de diferentes
setores para debater os temas levantados pelos filmes”, complementa Lara
Valentina Pozzobon, responsável pelo Assim Vivemos.
Desde a primeira edição, em 2003, os organizadores do evento recebem pedidos
de prefeituras, instituições e universidades para exibir o festival em todo o
país. “São Paulo, Rio e Brasília já conheciam o conceito do Assim Vivemos,
através de divulgação em sites. Existe porém uma demanda reprimida muito clara
na área da reflexão sobre as pessoas com deficiência”, afirma Lara.
Ineditismo, riqueza de conteúdo e inclusão cultural. São esses os pilares
que mantêm, fiel, seu público cativo. “O impacto que o conjunto de filmes causa
é revelador: temos um público certo nas cidades em que já realizamos o festival,
e a cada ano novos espectadores, a cada sessão, tornam-se novos apaixonados pelo
festival e promovem uma divulgação espontânea sempre crescente”, conclui a
produtora.
Assim Vivemos no CCBB
Quatro debates também fazem parte da edição 2011 do Festival Assim Vivemos.
Em São Paulo, serão discutidos temas como Surdez e implante coclear; Síndrome de
Down – trabalho e vida adulta; Deficiência visual e acessibilidade; Educação
Inclusiva.
A programação completa pode ser vista no site oficial do Festival, em
http://assimvivemos.com.br/programacao/
Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência Assim Vivemos
Centro Cultural Banco do Brasil - De 5 a 16 de outubro
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – 011 3113-3651/31133652
Entrada franca
Assessoria de Imprensa:
Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo
011 34822510 – 34826908
erika.balbino@baobacomunicacao.com.br
Fonte: Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo
Postagem: Magno Oliveira
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