Foto: Divulgação
Cena de "Judy Garland, Além do Arco Íris"
O Festival de Curitiba abre nesta terça-feira sua 21.ª edição. Mais importante evento do gênero no país, a mostra chega à maturidade sem desviar-se do caminho que a caracterizou ao longo das últimas décadas.
E parece zelar, sobretudo, por certa constância nos nomes convocados a compor sua grade.
Como ocorre tradicionalmente, a curadoria abriu amplo espaço para produções de apelo popular do eixo Rio e São Paulo. Algum respiro foi alcançado com brechas para bons exemplares do teatro de vanguarda e pesquisa, mas chama atenção a frequência com a qual alguns diretores e companhias frequentam o festival. Presentes na edição deste ano, eles são velhos conhecidos do público paranaense.
A dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, que apresenta "Judy Garland, Além do Arco Íris" é um exemplo. Eles aparecem na grade pelo quarto ano consecutivo. O diretor Gilberto Gawronski, que esteve na cidade no ano passado com "As Próximas Horas Serão Definitivas", traz desta vez dois espetáculos: "Nem Um Dia se Passa Sem Notícias Suas" e "Ato de Comunhão".
Gabriel Villela, nome que está nas origens do festival, abriu o evento do ano passado com "Sua Incelença, Ricardo III". Em 2012, voltou a ser escalado para a seleção oficial com a montagem de "Hécuba".
Outra figura marcante da história da mostra que também está de volta é Gerald Thomas, com "Gargólios". Até mesmo nomes da nova cena carioca, como Pedro Brício e Christiane Jatahy, repetem suas participações do ano passado.
Para o diretor do Festival, Leandro Knopfholz, as escolhas não denotam falta de renovação. "Não é uma fila que anda, é uma roda que se amplia. A gente tenta expandir, nunca fechar", observa ele.
Outro aspecto que ajuda a explicar a constância, segundo Knopfholz, é a relação afetiva entre certos artistas e o festival. "A gente convida, mas o espetáculo também tem que querer vir. Há grupos que têm essa relação com a gente, que fazem questão de trazer seus espetáculos para cá."
De acordo com o diretor do festival, outro foco da seleção foram as companhias brasileiras estáveis. É assim que se poderia explicar, por exemplo, o retorno do Grupo Galpão, que em 2011 apresentou "Tio Vânia" e agora traz "Eclipse".
Da mesma forma Os Satyros, que depois de encenar "O Último Stand-Up" no ano passado volta com as montagens "Satyros’ Satyricon" e "Satyros’Delírio".
Postagem: Magno Oliveira
Fonte: Portal IG
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