sexta-feira, 9 de abril de 2010

Suzano Mais um ano de emancipação

Suzano

Segundo os historiadores, coube ao jesuíta Francisco Baruel, em sua árdua missão de catequizar os índios da região, fixar-se nas terras, que hoje constituem o Município de Suzano e fundar o povoado que ocupa lugar de destaque dentro do nosso Estado. Mas muitas coisas aconteceram desde aqueles dias, que marcaram o início da história do Município.

Os primeiros registros datam de 1874 ou 1875, quando foram implantados os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo - Rio cortando os Campos de Mirambava e levando indícios de civilização à região, transformando-a e despertando o interesse de muitos aventureiros, que buscavam novas terras. Alguns anos mais tarde, em 1879, no desempenho de suas funções, Antônio Marques Figueira, feitor da Estrada de Ferro, estabeleceu-se na região. Foi em 1885, no dia 22 de maio, que definitivamente radicado no local, construiu a primeira casa. Nesse mesmo ano chegou o seu irmão Thomé Marques Figueira, que prestou valiosa contribuição para a implantação do povoado. Em 1890, os dois irmãos mandaram elaborar a planta da cidade, trabalho executado pelo Conde Romariz.



O primeiro nome da localidade foi "Vila da Concórdia", passando posteriormente a denominar-se "Vila da Piedade". Algum tempo se passou em sua história: Em 11 de abril de 1891 foi encampada pela Estrada de Ferro Central do Brasil. Consolidando a implantação desse novo povoado, os irmãos Figueira construíram uma igreja, tendo a 20 de janeiro de 1897, data consagrada a São Sebastião, celebrado sua primeira missa. Então, a Vila passou a ser conhecida por São Sebastião do Guaió. Nessa época, a Estrada de Ferro Central do Brasil passou a contar com uma nova administração, tendo à sua frente o engenheiro Joaquim Augusto Suzano Brandão. Foi construída uma estação na localidade e a Vila, a 11 de dezembro de 1908, passou a ser chamada oficialmente pelo nome de Suzano, denominação que é mantida até hoje. O povoado experimentou constante crescimento, aumentando a sua população e justificando dessa maneira sua elevação para a categoria de Distrito, anexo ao Município de Mogi das Cruzes.


Isso aconteceu em 27 de dezembro de 1919, segundo determinação da Lei Estadual nº 1705, promulgada pelo, entãogovernador do Estado, Dr. Altino Arantes. O dia 8 de dezembro de 1940 também foi registrado na história de Suzano. Nesta data, o arcebispo de São Paulo, dom José Gaspar Afonseca e Silva, determinou a elevação de Suzano à categoria de Paróquia, motivado pela sua importância dentro do contexto regional. E, finalmente, em 8 de dezembro de 1948, Suzano atingiu a condição de Município autônomo, com direito de dirigir a sua própria política, procurando o seu desenvolvimento. Nesse sentido, foi promulgada a Lei nº 233, pelo então governador do Estado Dr. Adhemar Pereira de Barros. Em 14 de abril de 1958 foi criada, segundo Lei nº 381, a Comarca de Suzano, cuja instalação ocorreu em 26 de maio de 1962. Foi seu primeiro magistrado o juiz de Direito, Dr. José Dourador. Foram seus sucessores os Drs. Olavo Zampol e Mohamed Amaro. Inicialmente, a Comarca era constituída pelos Municípios de Poá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba.

Com a posterior criação da Comarca de Poá, em 12 de agosto de 1967, passou a ter jurisdição apenas nos municípios de Itaquaquecetuba e Suzano.



Imigração

No dia 18 de junho de 1908, ao desembarcarem do cargueiro Kasato Maru, no porto de Santos, litoral de São Paulo, os primeiros imigrantes japoneses, traziam na bagagem sementes, ferramentas agrícolas, poucas roupas e uma grande ilusão.

Convencidos por um japonês chamado Ryu Mizuno de que o trabalho de poucos anos nas lavouras de café brasileiras lhes daria fortuna suficiente para voltar ao Japão e viver tranquilamente o resto de seus dias, 781 imigrantes japoneses iniciaram uma longa batalha, marcada, por desilusões, saudades e arrependimentos, mas sobretudo muito trabalho, sacrifício, coragem, idealismo e perseverança.

A imigração tem na sua história alguns segredos indecifráveis e muito sofrimento suplantado com persistência e a paciência dos orientais. Hoje, desponta com outro roteiro bem mais feliz. Em Suzano, a colônia mantém suas tradições e está envolvida em todos os setores da nossa sociedade.

A união, a vontade de fazer acontecer, o trabalho, o dinamismo e a competência dos filhos da terra do Sol Nascente fizeram com que conquistassem um lugar de destaque também em Suzano.

2 comentários:

  1. Essa é a nossa intenção aqui no Folhetim cultural levar cultura e informação claro sempre de qualidade e com credibilidade.

    Obrigado Sylvia Senny pelo comentário nos visite mais vezes.

    Ass: Magno Oliveira

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