sábado, 3 de novembro de 2012

Sentires Poéticos por Ianê Mello: Poemas


Sempre encontrei verdadeiro fascínio na poesia, sendo por ela constantemente atraída,
por sua forma subjetiva e rica de expor sentimentos e idéias com profundo lirismo.
Quando comecei a escrever algumas linhas, na minha adolescência, foi através da forma 
poética que encontrei expressão. Os versos fluíam tão naturalmente e com tamanha
facilidade que não pensava nas palavras, elas vinham e se apossavam de mim (risos). 
Me sentia um mero instrumento daquele "algo" que de mim se apoderava, a inspiração.
Com o passar do tempo fui encontrando novas formas de expressão, como o conto e a
crônica, encontrando prazer e desenvolvendo uma fluência na escrita desses gêneros,
         mas a poesia continua sendo a minha paixão e a minha catarse.




Biografia


         Nascida no Rio de Janeiro (RJ).

É educadora e pós-graduada em Pedagogia
Identificada com as diversas propostas em textos literários, escreve também com 
resultados diversificados.



Seus textos incluem contos, crônicas, aforismos, haicais e poesias.



Alguns deles são publicados na internet, em sites, blogs e revistas eletrônicas.



Escreveu um livro de contos "Rocktales - Contos do Rock"" com o escritor Beto Palaio, a ser publicado em breve.

Links Externos

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Contato: ianerubens@gmail.com

iane.mello@hotmail.com
Por Ianê Mello

Poemas, por Ianê Mello.



I



E eu ressurjo com o vento
por detrás das verdes folhagens
e me contorço em sons e vibrações
inaudíveis aos ouvidos humanos
e me refaço em cores sublimes
e me transporto em nuvens
de puro algodão...
Eu, que sou massa esférica
ponte que atravessa o rio
rio que corre
mar que não se navega
Eu que sou pura e simples
perdida na poeira cósmica
invisível e fantasmagórica
Súplica contida no espanto
Eu sou o Espanto
que corre na mármore frio
e que se abriga no gelo
Sou a ponta do iceberg
Sou branca e pálida
Me desfaço em sons
Me perco em tons
Sutilmente me alastro
Como quem fere
a própria carne
e sangra de dor.


II


E eu me converto em luz
na escuridão faz-se o grito
Arcaico , primitivo,
urro de transmutação
E eu me transformo em ar
Plano sobre os campos
leve, volátil, rarefeito
Alcanço novas esferas
Perene, tranquilo...
num reconhecimento íntimo
do âmago do ser
Ser complexo e simples
Dual e par
Sem sentido, desconexo
Harmônico e belo
Parideiro de emoções
Conflituoso e conflitante
Espasmo e contração
Prematuro na essência
Renascido no amor
Ungido no pecado
Santo e profano
Misto de loucura e sanidade
Ladeado de saudade
Caçador de si.




III




E eu transmuto a dor
num espasmo
Da sombra faz-se a luz
O corpo a gemer prazeres
Amarras soltas
aberta a prisão
Prisioneiro corpo
fragmentado pelos anos
pelos amores vãos
A alma flutua leve
no corpo liquefeito
Suores e fluidos
num rio caudaloso
prazeres de amar
cantares do amor
Num dedilhar de toques
sutis e intensos
Em sussurros inaudíveis
em gritos de gozo
ressurge a mulher
Alva e pura
como a água
que em seu corpo brota
Fonte fecunda
multifacetada...
em virgens escondida
Esplendor de anunciação.



IV



E eu me enrodilho em pernas
em braços e amores
Me perco em sonhos, visões, carícias
E me trasporto  ao sublime
num ato de amor
Enredo por caminhos escondidos
por jardins florescentes
e céu de anil
Em nuvens de algodão me deito
extasiada e completa
Mulher que sou
Em meus olhos
rebrilham os seus
em arco-íris de paixão
Minha boca que se cala
num doce beijo
de mel e hortelã
Sou sua
e cada vez mais minha
Em você me reencontro
Inteira, intensa, verdadeira.


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