quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Paulo 458 anos: Devaneios do Ranzinza por Roberto Prado

São Paulo que já foi da garoa
é hoje das enchentes
do chapéu de palha é hoje gorro de assaltante,
do boné virado para trás do malandro
que já foi do bonde de passageiros
é agora dos fankeiros
São Paulo que foi o futuro
e hoje é o faturo
ah São Paulo, São Paulo
São Paulo da cultura
agora te contentas com pixações
com lixo espalhado pelas ruas
são dos teatros cheios
que agora se espanta com mendigos em suas escadas
São Paulo que já ouvistes músicas
agora só ouves
choro e ranger de dentes
canos de escapamento das motos
do tum-tum-tum e práticumbum
sem sentido e sem noção
São Paulo que tivestes poetas
agora te contentas com os estúpidos do Rap e Hip Hop
e suas verborréias criminosas e ameaçadoras
ah São Paulo que chuva nenhuma te limpa
que bueiro nenhum te engole
São Paulo cruel com teus filhos que labutam
e tão conivente comos que te roubam e te espoliam
ah São Paulo
ah São Paulo
do ceú cinza
da fumaça preta
dos olhos vermelhos
ah São Paulo
ah São Paulo
só mesmo o Magno
Prá te amar tanto assim.

Um comentário:

  1. Me desculpa chefinho!
    Ta aqui meu comentário!
    Que tens o melhor talento já visto em todo esse Brasilzão!
    E deixa o nosso Magninho amar São Paulo!
    Aos olhos de um apaixonado, o feio bonito lhe parece!
    Allons-y!

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