quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ignácio de Loyola Brandão encerra ciclo de oito anos de formação em literatura na cidade‏



Uma noite repleta de histórias e de ensinamentos. Foi assim o bate-papo do projeto Viagem Literária, com o renomado escritor Ignácio de Loyola Brandão. O evento ocorreu nesta quarta-feira (17/10), no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi, encerrando na cidade o ciclo de oito anos de formação literária para leitores e escritores. O projeto é uma realização da Secretaria de Cultura em parceria com o governo do Estado.



Num auditório lotado por professores e futuros profissionais da área, Loyola iniciou a noite com relatos sobre mestres que marcaram sua trajetória desde a infância, e, que o ajudaram a descobrir a realização por meio da escrita. Durante a infância, o autor se declarou como inibido e desajeitado, até que seus textos fizeram com que se sentisse visto e admirado.


“Não era bonito nem nada, mas tinha na cabeça alguma coisa que poderia mudar e transformar o mundo. A literatura é uma vingança contra as injustiças que a gente vive. É aquilo que nos representa”, declarou o escritor, que tem como única intenção contar histórias, ainda que não saiba qual a dimensão que estas poderão ganhar no futuro.


“O que escrevo pra mim acaba chegando aos outros. A palavra sempre chega a algum lugar. Isso me reconforta e me faz continuar neste ofício, exercido a tanto tempo”, disse.

Há vinte anos, Loyola escreve crônicas para o jornal O Estado de S. Paulo, o que lhe obriga a fazer a chamada ‘literatura sobre pressão’. Nos textos quinzenais, capta histórias pessoais e do cotidiano, algumas contadas à plateia durante o bate-papo. “O autor e o cronista vão a língua do povo porque eles são também a língua portuguesa”, destacou o autor, que ao final da noite fora aplaudido de pé pelo público presente.

O evento foi prestigiado pela secretária de Cultura, Rita Paiva, para quem a vinda do leitor foi mais uma forma de incentivar a literatura na cidade. “Esse contato do escritor/ leitor baseado em fatos tão simples contribui para projetar novos escritores e incentivar as pessoas a lerem mais. Ele conseguiu atingir o público intimamente”, declarou.

Além disso, para a secretária, o contato com a literatura também contribui para que as pessoas tenham um convívio social mais intenso e possam demonstrar seus sentimentos. Assim, a cultura funciona como uma forma de prevenção para problemas de saúde. “Se a pessoa puder mergulhar nesse universo literário, ela conseguirá se expressar e se afastará de uma depressão”, frisou.

Para o coordenador literário da Secretaria de Cultura, Ademiro Alves, o Sacolinha, o bate-papo com o escritor marcou o final do ciclo de formação para escritores e leitores da cidade, realizado ao longo dos últimos anos e que teve como ponto alto a realização do Salão Internacional do Livro, em abril deste ano.

“Para nós, tudo que pudesse ser feito na cidade seria um avanço, pois antes não havia nenhum sarau, nenhum escritor renomado visitava a cidade, não existiam debates literários e nem tínhamos ideia que havia autores em Suzano. A partir do momento em que começamos a trabalhar isso, os escritores começaram a vir, pois viram que a cidade abria espaço para a produção deles”, lembrou Sacolinha.

Durante esse período, visitaram Suzano nomes como Paulo Lins, Marcelo Rubens Paiva, Moacyr Sciliar, Ariano Suassuna, Zuenir Ventura, Milton Hatoum, Ivana Arruda Leite, Marcelino Freire, entre outros, que contribuíram para a formação dos escritores da região. Ignácio de Loyola Brandão esteve em Suzano em 2006, por meio do projeto Trajetória Literária, e voltou para finalizar o ciclo na cidade. “Foi uma aula festa, como foi a palestra de Ariano Suassuna, na época em que esteve na cidade. Ao mesmo tempo em que você ri, aprende muito”, disse.

Outros projetos literários desenvolvidos em Suzano, como o Pavio da Cultura; Sarau Literatura Nossa; Conte sua história; Fogueira, Literatura e Pipoca; Varal Literário e a Feira de Trocas de Livros e Gibis seguem até o final do ano.

Foto Crédito: Fabi Redondo
Postagem: Magno Oliveira
Fonte: Secom - Suzano

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