sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Em "Albert Nobbs", Glenn Close assume papel masculino


Filme deu à atriz mais uma indicação ao Oscar, sua primeira em 24 anos


Há 24 anos sem ser indicada ao Oscar, novamente Glenn Close tem a chance de ser reconhecida pelo seu impressionante desempenho em "Albert Nobbs", drama de época que concorre a três estatuetas da Academia: melhor atriz (a própria Glenn), atriz coadjuvante (Janet McTeer) e maquiagem

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Foto: Divulgação
Glenn Close em 'Albert Nobbs'



Apesar de ter sido visto por um público muito reduzido (faturou pouco mais de US$ 2 milhões desde o seu lançamento nos EUA), o filme dirigido por Rodrigo Garcia parece ter oferecido a Glenn Close o papel de sua vida, o do personagem título da obra.




















Foto: Divulgação
Glenn Close em 'Albert Nobbs'



Ela já havia interpretado Nobbs no teatro em 1982 e, por 15 anos, lutou para levar a história para o cinema. Seu envolvimento foi tão grande que ela também produziu o filme e assinou o roteiro com John Banville. O filme é Glenn Close do começo ao fim, numa atuação contida, mas sem deixar de ser pungente.

Baseado em um conto do escritor George Moore, o filme narra a vida difícil e solitária de Albert Nobbs, que trabalha como camareiro de um hotel em Dublin, capital da Irlanda.
Discreto, seguro e extremamente responsável, Albert Nobbs é na verdade uma mulher que se veste e se faz passar por homem desde a adolescência - aqui merece destaque o trabalho de Martial Corneville, Lynn Johnston e Matthew W. Mungle, responsáveis por amenizar os traços femininos da atriz, talhando seu rosto como uma escultura rígida e expressiva.
Nobbs não divide seu segredo com ninguém do hotel, o que permite sua sobrevivência como empregado num período de sérias dificuldades econômicas. Mas ela sonha com uma nova vida e, para isso, guarda cada centavo de seu salário e das gorjetas que recebe para abrir um negócio próprio no futuro.















Foto: Divulgação
Janet McTeer e Glenn Close em 'Albert Nobbs'



Paralelamente, o relacionamento de um jovem casal de empregados, Helen (Mia Wasikowska) e Joe (Aaron Johnson), pode ser uma fonte de preocupação para Nobbs. O rapaz quer que a moça se insinue para o camareiro para obter vantagens, como presentes caros para ela e até mesmo dinheiro que eles usarão para emigrar para os Estados Unidos.
O segredo de Nobbs só passa a correr risco quando a dona do hotel lhe comunica que terá de dividir seu quarto durante uma noite com um pintor de paredes, Hubert Page (Janet McTeer), contratado para executar um trabalho no prédio.
Sem alternativa, ela se prepara para uma noite em claro ao lado do desconhecido que, fatalmente, descobre sua identidade.
É a partir daí que começamos a descobrir detalhes da infância de Nobbs e os motivos que a levaram a assumir uma identidade masculina.
Sem família ou amigos, guarda apenas uma fotografia de uma mulher que pode ser sua mãe, por quem já procurou mas não encontrou vestígios. A foto é um bem tão precioso como a caixa em que protege suas economias e mantém escondida embaixo de uma tábua do assoalho de seu quarto.
Mas o pintor também tem seus segredos e, ao revelá-los, despertará em Nobbs sentimentos que ela sufocava e que a levarão a refazer seus planos para o futuro. Mas as dificuldades ainda estão longe de serem solucionadas na vida desse homenzinho que nunca soube o que é ser feliz.



Postagem: Natan Fellipe
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