sábado, 13 de agosto de 2011

Devaneios do Ranzinza por Roberto Prado


Roberto Prado, 49 anos Santos, São Paulo.


Publicou dois livros, é funcionário público. Talentoso escritor, irá escrever aos sábados 10 horas da manhã, no Folhetim Cultural com reprise nas terças ás 20 horas. Pelo Folhetim ainda escreverá uma vez ao mês no Chá das 5.
Blog do Roberto Prado: http://blogdonemesis.blogspot.com/
Twitter do Folhetim: http://twitter.com/#!/folhetimcultura
E-mail do Folhetim Cultural: folhetimcultural@hotmail.com

E-mail do Roberto Prado:
 rpjbarbosa@fazenda.sp.gov.br


Nada a Declarar
Ah! Deus!

Cada dia mais e mais

Sou assolado pela deficiência
De assunto, do quê falar
Nem pergunto o porquê
Sei a resposta
Sim, eu sei
É esse fastio em que (dês) vivo
Já não me satisfaz mais percorrer
Zanzar, deixar os pés me levarem
Circular, peregrinar a esmo
Me deixar perder pelas ruas
Me indago:
“Quem estará mais vazio:
Eu? A cidade à minha volta,
Ou os chãos que (re) piso?”
Vos engano, iludo, ludibrio, tapeio
Tomo de vocês tamanho tempo,
Tão precioso, me lendo
Buscando entender o que tento dizer
Entendam, coisa nenhuma vos digo, nada,
Sim, confesso, sou uma embalagem vazia
Um palco abandonado
Sou a folha de jornal que o vento leva
De volta pelas mesmas ruas
Avenidas, alamedas, becos
Que há tão pouco tempo,
Perdido em pensamentos, passei

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