sábado, 3 de setembro de 2011

Devaneios do Ranzinza por Roberto Prado



Roberto Prado, 49 anos Santos, São Paulo.

Publicou dois livros, é funcionário público. Talentoso escritor, irá escrever aos sábados 10 horas da manhã, no Folhetim Cultural com reprise nas terças ás 20 horas. Pelo Folhetim ainda escreverá uma vez ao mês no Chá das 5.
Blog do Roberto Prado: http://blogdonemesis.blogspot.com/
E-mail do Folhetim Cultural: folhetimcultural@hotmail.com
E-mail: rpjbarbosa@fazenda.sp.gov.br



ESTOU TÃO FARTO...
(Farto demais)
(Crônica)




Não há nada, nada nesse mundo (ou em outros, se outros houver) que justifique o mau gosto.

Sou obrigado, feito um condenado da velha inquisição espanhola, a ouvir as piores músicas, inspiradas pelos mais terríveis (e medíocres) dos demônios, dos mais profundos dos infernos cheio de enxofre. È aquele lalaiá sem fim, aquele bater de palmas (fora de ritmo), e as músicas românticas (?), (arghhhh!) de dar taquicardia...

E a má educação?

Essas pérolas de mau comportamento que estamos sujeitos a conviver a cada minuto das vinte e quatro horas que (de)formam o dia? Pessoas te/nos empurrando nas ruas, nos elevadores...? E as que falam alto? As que riem de tudo (às gargalhadas, geralmente diabólicas), como se tudo fosse risivelmente engraçado...

Estou farto das pessoas à minha volta, e volta e meia (desculpem-me o infame trocadilho), tenho ganas de matar ou morrer.

Não posso mais viver assim, não posso mais viver aqui, não consigo mais (embora, verdade seja dita, nunca tenha me esforçado muito) interagir com esses bípedes!

Enquanto perpetro essas linhas, lá atrás, as harpias, ensaiam as músicas do Fábio Jr.

Se vocês perceberem que eu parei de escrever (sim vocês seis, minha eterna meia-dúzia de leitores), é porque eu  desisti.

Entreguei os pontos.
29/09/06

2 comentários:

  1. MUITO BOM!

    Roberto, estamos todos no mesmo barco. Não haverá mais paz em vida. E toda madrugada eu escuto um funk da "tchutchuca". A educação acabou. Sobraram poucos. E precisamos aprender, porque a tendência é piorar.

    Beijos

    Mirze

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  2. Prefiro aguilhotina e, pode deixar, eu mesmo solto a corda!

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