terça-feira, 20 de setembro de 2011

Show do Faust em São Paulo tem até música feita com lixadeira sobre metal



Foto: Augusto Gomes/iG
Jean-Hervé Péron, vocalista e baixista do Faust
A norma para bandas com 40 anos de carreira é basear os shows nos clássicos mais queridos pelos fãs, deixando pouco (ou nenhum) espaço para material novo. Mas a banda alemã Faust nunca foi de seguir regras. Em sua primeira apresentação no Brasil, nesta sexta-feira no Centro Cultural São Paulo, o quarteto também deixou essa regra de lado: a base do show foi o disco "Something Dirty", lançado no início do ano.
O Faust é um dos principais representantes do krautrock, termo que reúne no mesmo pacote diversas bandas surgidas na Alemanha nos anos 1970. Enquanto o Can era a mais progressiva, o Kraftwerk a mais eletrônica e o Neu! a mais punk, o Faust foi a mais experimental. E continua assim até hoje: a apresentação de sábado, por exemplo, teve até música feita com uma lixadeira sobre uma placa de metal.

A banda abriu a apresentação com "Fresh Air", faixa marcada pelo baixo pulsante de Jean-Hervé Péron. Ele é, ao lado do baterista Werner Diermaier, um dos remanescentes da formação original do Faust. A primeira música foi também uma das mais "normais" da noite. Dali em diante, o show teve uma boa dose de discursos sobre camadas sonoras ("English Woman's Dream") com momentos de muito barulho ("J'Ai Mal Aux Dents").
Foto: Augusto Gomes/iG

Werner Diermaier toca uma lixadeira




No meio de tudo isso, houve a lixadeira sobre metal tocada por Diermaeir. E não só isso: em outra música, um lençol branco foi estendido ao lado do palco e a vocalista e tecladista Geraldine Swayne fez uma pintura sobre ele enquanto a música acontecia. O show chegou ao fim após 1h30, quando a banda finalmente fez uma concessão e tocou um de seus maiores clássicos, "Krautrock", numa versão ainda mais violenta que a original.


Fonte: Augusto Gomes, iG São Paulo
Postagem: Magno Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por interagir conosco!