sábado, 4 de junho de 2011

A crônica nossa de cada dia



Fernando Ferrari é uma das novidades do Folhetim Cultural nesta nova grade, aos sábados, ás 19 horas suas charges poderão ser apreciadas aqui no Folhetim Cultural. E a partir deste sábado as 21 horas seus textos serão publicados, este é o quadro A crônica nossa de cada dia.

Nascido em Maio de 1979 em SP, Publicitário pós-graduado, brasileiro com cidadania francesa. Quatro livros já publicados e no primeiro concurso literário que participou foi premiado. Mantém os sites:
fernandoferrari.carbonmade.com (Peças publicitárias)
cabecatroncoetextos.blogspot.com (Blog de crônicas)
ferrarifernando.hdfree.com.br (Livros e site feito por ele mesmo)


Crise de identidade


Quem sou eu? Onde estou? Porque estou aqui? Quem é você? São as mesmas perguntas que você vê na novela e no cinema, só que na vida real. Quem imita quem? Eu não sei. Seria a mesma estória de quem veio primeiro, foi o ovo ou a galinha? Também não sei. Tenho uma teoria, meus princípios e não imito ninguém. Calma! Ninguém me acusou.

Mesmo assim, achei por bem escrever algo assim, depois que refleti sobre uma exclamação que recebi e agradeci, mais ou menos assim: “-Nossa! Foi você que escreveu isso!? Nossa!? (outra vez) Não acredito!!” Na verdade eu é que não acreditava em ser questionado por alguém que já me conhece há tempo. Conhece, mas desconhece.

Tudo bem que no dia que fui limpar meu nome, por causa de uma conta telefônica atrasada que, acreditem, foi aberta por um gerente de RH, pilantra, de uma empresa que trabalhei, usando o meu número de documento, eu tive que me apresentar e explicar. O atendente não sabia quem eu era. Culpa do pilantra e da telefônica. Ambos processados.

Depois do susto passado e este problema resolvido, ainda soa em meus ouvidos aquela exclamação: “-Não acredito!” Ok. Não acredita? Tudo bem, então. Prefira crer em Saci- Pererê, Mula-sem-cabeça, sem falar em Papai Noel. Até porque, este, todos sabem que é uma farsa, depois que o viram calçando tênis ao invés de botas. Descuido do papai.

Ou então acredite que, no próximo mês, o seu aluguel virá mais baixo e em tudo aquilo que a TV diz, enquanto, paralisado em frente a ela, enfia o dedo no nariz. Fui fundo agora não é!? Nem tanto, mas estou sempre tentando. Faça o mesmo para ser alguém. Ou melhor, para ser ninguém. Porque “ninguém” é feliz e “ninguém” acredita em mim!

Sinceramente estou satisfeito com o que faço e escrevo. Mesmo, atualmente, estando desempregado e buscando uma oportunidade de ganhar dinheiro com as palavras. Sei que tenho bala para isso e acredito que posso! Se parar para pensar que até quem não sabe escrever, chegou lá! Porque eu não chegaria companheiro!? Que sirva de exemplo.

Escrever bem não é privilégio de gente mais velha. Escrever bem é democrático. Não escolhe cor ou crença. É a soma de preocupação com a boa expressão, favorecendo a comunicação. E, claro, um pouco mais de tempo para organizar as idéias e fugir da fórmula básica de iniciar com maiúscula, fechar com ponto final e pôr palavras no meio.

Completando, eu não tenho a mínima pretensão de chegar a Academia de Letras. Uma por que normalmente quando se entra, já é quase o fim. Veja o exemplo de muitos de lá! Tem gente que participou da Santa Ceia! E outra, escrever bem não é escrever difícil. Já dizia Humberto Gessinger: Eu presto a atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.

Voltando a tal expressão, sei que foi dita no intuito de elogiar a forma como as palavras foram colocadas. O que torna tudo mais agradável. De um romance a bulas de remédio. Estou só enchendo o saco. Até porque eu mesmo, muitas vezes, falei isso a várias pessoas. Tipo um elogio “do caralh..!” na mesma intensidade, porém mais educado.

Não perdi o sono por isso, como quase aconteceu no incidente do nome sujo, não fui criticado por ninguém. É só mais um texto, mas acho por bem formalizar minha apresentação. Eu sou Fernando Ferrari, novo e estou nos links abaixo. Acredite!

FF - WWW.sitedoferrari.blogspot.com - http://twitter.com/ferrariff

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