sexta-feira, 10 de junho de 2011

Paulo Henrique Amorim principal destaque do I Encontro de Blogueiros do Alto Tietê


No último sábado Poá recebeu a palestra do jornalista Paulo Henrique Amorim, você confere  os principais trechos da palestra agora:

Paulo Henrique Amorim no Centro Cultural Taiguara























Paulo Henrique Amorim começou sua fala com o seguinte bordão: "Olá tudo bem?" E fazendo agradecimentos. Ao prefeito Testinha, aos organizadores do evento e aos blogueiros presentes. Ele fez um lembrete aos presentes do encontro nacional entre blogueiros que haverá em Brasília nos dias 17, 18 e 19 deste mês.

Ele falou aos presentes da luta que trava para que se tenha uma imprensa livre, e acabar com o monopólio hoje exercido pela Rede Globo. Ele se referiu ao grupo Folha, Estado e Globo como PIG (Partido da Imprensa Golpista), ele não incluiu a Veja, pois na concepção dele a Veja é detrimento de maré baixa. Como ele próprio afirma na fala a seguir:

Da dir para a esq Paulo Henrique Amorim, Pastor Dormel, Eduardo Guimarães e Saulo Souza























" O partido da imprensa golpista é composto por Folha, Estado e Globo. Eu não incluo Veja, porque a Veja no meu modo de ver é detrimento de maré baixa." Esta frase arrancou aplausos da platéia.

Hoje Paulo Henrique Amorim com o Instituto de Mídia Alternativa Barão de Itararé luta pela liberdade de expressão. Paulo Henrique considera que hoje o que há é uma liberdade para os donos de jornais e não para os jornalistas. O nome Barão de Itararé Paulo Henrique explica:

 "Miro Borges teve a ideia de dar a esse movimento o nome de Barão de Itararé,  que foi um comunista arnaquista, que enfrentou o governo Vargas, ele apanhava muito da polícia política, ele colocou na porta de seu escritório a seguinte frase "Entrem sem bater". Ele estava cansado de apanhar." Afirma o jornalista que continua.

"Barão de Itararé foi um jornalista agudo, que escreveu muito, foi eleito vereador com uma votação estupenda. Já naquele tempo ele era um blogueiro sujo".

Hoje uma das lutas do movimento é universalizar a banda larga. Ou seja levar internet barata, a todos os lares do país. A internet segundo ele deve ser neutra. Paulo Henrique explica o porquê.

"Ela deve ser neutra porque se ficar nas mãos das operadoras privadas, elas podem criar mecanismos para que aqueles, que não tenham audiência, para aqueles que tenham tráfego baixo, para os que falarem mal do governo ou das operadoras, poderiam ter acesso negado."

Este foi um resumo da primeira parte que você acompanha abaixo:









Paulo Henrique Amorim continuou sua explanação na segunda parte.

Pediu desculpas pelo atraso que cometeu. E deu destaque ao desafio que eles terão quando forem a Brasília.

"Garantir o marco regulatório, vocês sabem que o Lula teve oito anos de governo e não mandou para votação uma lei, que tem na Argentina, onde a presidente da Argentina enfrentou a Globo da Argentina que é o Clarín, colocou para votação o marco regulatório, onde põe fim, a propriedade cruzada, o monopólio, e a outras coisitas mais, que aqui com certeza a gente não vai conseguir reproduzir... "

Ele encerrou dizendo que os argentinos são mais corajosos do que nós brasileiros veja o vídeo abaixo e saiba o porque.


Ao final falou com a imprensa presente. A primeira pergunta foi da repórter da Tv Mogi News. Paulo Você falou da presença dos blogueiros de várias cidades do Brasil. O que representa estes encontros?

Paulo Henrique Amorim: Estes encontros são a demonstração, que este movimento, é um movimento em marcha, ele é crescente, ele tem um aumento cada vez maior de pessoas, um aumento físico, um aumento também de qualidade da informação. Isso nos ajudará a lutar pela nossa causa, que é a liberdade de expressão.




































Um colega jornalista perguntou: Paulo o blogueiro substitui o jornalista?

Paulo Henrique Amorim respondeu: O blogueiro é jornalista. Afirmou ele na saída Magno Oliveira repórter Folhetim Cultural fez as seguintes perguntas para o jornalista:

Magno Oliveira: Paulo você citou o PIG (Partido da Imprensa Golpista), há jornalistas militantes deste partido, há jornalistas do lado deles?

Paulo Henrique Amorim: Há sim, há sujo e limpo de tudo que é lado. Respondeu ele saindo.

O nosso repórter perguntou se ele poderia citar algum nome, olhando para trás, respondeu:

"Você sabe todos".

De forma rápida atendeu a imprensa presente. E saiu, já Eduardo Guimarães que também participou da palestra, foi mais atencioso e atendeu de forma exclusiva o Folhetim Cultural.

Magno Oliveira entrevistando Eduardo Guimarães



















Magno Oliveira: Qual a proposta do Movimento dos sem mídia?

Eduardo Guimarães: O Movimento dos sem mídia é uma associação não governamental, criada em 2007, e é para aquelas pessoas que não se sentem representadas, pelos meios de comunicação tradicionais, hoje isso está mudando porque os sem mídia tem a internet, e a internet é mídia. Mas naquele momento, há 4 anos atrás a mídia, ela selecionava, aqueles que tinham acesso a ela, os jornais, a televisão e eles continuam fazendo isso. Então eu não consigo ver a minha opinião representada na Globo, você tem ali o Jornal da Globo, aparece o Arnaldo Jabor, fala mal de um grupo político o qual ele não gosta e de outro, defende posições, que quem pensa o contrário não tem como chegar lá e falar. A Globo que é uma concessão pública, muita gente não sabe, mas a Globo, a Band, o SBT e qualquer outra tevê não pertencem a estas emissoras, o espaço eles são concessionários, então nós nos denominamos sem mídia e nos propusermos a lutar contra isso. Por exemplo nós fizermos protestos, a Folha de São Paulo há uns dois anos, escreveu um editorial dizendo que a ditadura militar brasileira, tinha sido uma dita branda, as pessoas ficaram revoltadas, quem viveu, quem ficou pendurado no pau de arara sabe que de branda ela não teve nada. Eu fiz uma convocação no meu blog e fomos em 500 pessoas, diante da Folha contra aquilo, levamos presos políticos. E eu acho que o movimento dos sem mídias fez representações em 2008 tivemos o surto de febre amarela no Brasil e a mídia no nosso modo de entender teve um intuito de alarmar as pessoas, muita gente se vacinou mais de uma vez, acabou morrendo, porque se assustou com o noticiário, nós entramos com representação contra o ministério público, então é isso o que propõe o movimento dos sem mídia.

Magno Oliveira: Qual o endereço do seu blog?

Eduardo Guimarães: Você pode digitar blogcidadania.com.br

Magno Oliveira: Para se ter hoje liberdade de expressão no nosso país hoje, pela televisão isso não é possível, tem que ser pela internet?

Eduardo Guimarães: Pela televisão nós teremos que ter chance, porque nós vamos lutar por isso. Porque a televisão é pública. Agora chance nós vamos fazer a chance, nós vamos criar esta chance e nós podemos fazer isso através da internet.

Magno Oliveira: O Jorge Kajuru ele foi demitido de várias emissoras por falar o que pensa. Em 2005 o Aécio Neves que mandou ele embora da BAND, em 2006 Ricardo Teixeira pediu a cabeça dele no SBT, em 2008 Andrés Sanches pediu a cabeça dele na Rede TV. Hoje ele está na Esporte Interativo que é uma emissora mais ou menos independente e na internet. Você acha que falta jornalistas com espírito do Jorge Kajuru, José Trajano que falam o que pensam?

Eduardo Guimarães: Acho que não, temos aqui o próprio Paulo Henrique Amorim, que encontrou o espaço dele, mas hoje realmente jornalista não pode ter opinião, você veja que agora os jornalistas estão proibidos de expressar opinião em redes sociais como twitter e facebook, você de saber disso. Isso é inconstitucional, o sujeito fora do seu horário de trabalho pode fazer o que ele quiser, com a opinião dele e as empresas estão demitindo quem faz isso. Isso faz parte da luta, e a internet é o instrumento para difundirmos isso, para darmos liberdade de expressão ao jornalista. Jornalista sem liberdade de expressão é como imprensa sem jornalista.




































Magno Oliveira: O que há hoje é liberdade de empresa e não de imprensa?

Eduardo Guimarães: Sim. Com certeza liberdade é para o dono do jornal, porque o jornalista só tem o direito de concordar com o que o patrão pensa.

Magno Oliveira: Para quem quer participar da luta, como pode fazer?

Eduardo Guimarães: Entra no meu blog, posta um comentário ali que eu dou instruções.

O encontro do último sábado deve seguimento a tarde. E o Folhetim Cultural continuou presente. E trás nos próximos dias para vocês galeria de fotos, entrevista com Carlos Datovo presidente do PSOL de Poá e Ivan Valente deputado federal pelo PSOL - SP. Que participou com Leonardo Sakamoto da última mesa de debate do encontro entre os blogueiros.

Reportagem, entrevistas edição de texto e imagem: Magno Oliveira
Fotos: Natan Fellipe

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