segunda-feira, 13 de junho de 2011

Devaneios do Ranzinza por Roberto Prado Especial





Roberto Prado, 49 anos Santos, São Paulo.

Publicou dois livros, é funcionário público e todo mês fará sua participação no Chá das 5 aqui no Folhetim. E todos os sábados ás 11 horas Devaneios do Ranzinza. Esta participação é especial.



E-mail enviado ao Frei Maguinho, pela passagem do Dia de Santo Antonio.

(Uma crônica triste sobre o fim dos costumes e logo fins dos tempos)

Ou será que estou ficando cada dia mais (além de velho) ranzinza? (Pobrezinho desse mundo, se eu durar muito!)

No mais:

- Como vão as coisas por aí?

- Já arrumou tempo para respirar?

Saudações fraternais e fortes amplexos (enquanto ainda tenho forças, motivos e vontade, de enviá-los).



Como" fomos" de Dia de Santo Antonio?
Muitos fogos?
Balões?
Ou como aqui, nada disso, tudo estocado para a Copa? (e como pipocaram fogos durante o jogo...)

Ontem à tarde fui ao Valongo, (embora já tivesse ido na sexta-feira anterior) que afinal de contas é aqui perto do meu serviço, e seria uma vergonha, senão uma afronta ao bom Santinho não ir.

Peguei uns pãezinhos, mas fugi do Frei que estava espargindo água benta, afinal ela poderia, na melhor das hipóteses, queimar a essa pele, assaz pecadora, (ah! as ilusões dessa vidinha mundana que levo!).

Aproveitei para procurar alguns "velhos companheiros de lutas" (só para constar, lá estavam a onipresente Ana Maria e a Neide, vendendo Lírios Brancos e Cordões de S. Francisco) mas não vi muita gente não...

Ou estão mortos, ou nossos horários não batem (Só Deus saberá!)

Devo lhe dizer que não gostei da quermesse de lá esse ano.

Ela, a quermesse, foi realizada no Centro de Convenções da Prefeitura, que fica atrás da antiga Estação de Trem Santos-Jundiaí. Parece-me que essas festas, antes tão populares, hoje perderam a graça. Já não há mais o encanto das barraquinhas de madeira enfeitadas com as bandeirinhas coloridas. O cheiro da pipoca, da canjica, aquela barafunda de odores de deixar cachorro tonto; me pergunto, onde estão as brincadeiras? a cadeia? (seria isso culpa do PCC?), onde está o correio elegante? (lembra dessas coisas?), a molecada fantasiada de caipira, com aquelas roupas falsamente remendadas?

Hoje está tudo está muito igual, uma coisa insípida, tão descaracterizada...

Divago!

Isso tem acontecido muito ultimamente...


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